Enéada II, 3 (47) – Plano do Tratado (BP)

Conforme resumo de seu tradutor Richard Dufour

1, 1-6: Introdução: os astros anunciam tudo, mas não produzem tudo.
1, 6-28: Apresentação da doutrina astrológica.

2-6: Refutação dos princípios astrológicos
2: Se os astros são inanimados, não produzem senão disposições corporais; se são animados, não cometem o mal.
3-4: Os astros não influenciados pelos lugares ou pelas configurações
5: O calor e o frio, o dia e a noite, e as fases lunares não têm efeitos
6: É absurdo que os astros obedeçam a configurações e que se preocupem de produzir tantas coisas; o universo obedece a um só e único princípio.

7-8: A adivinhação pelos astros é possível
7: Existe uma adivinhação pelos astros, pois o universo é um vivente único, o qual é regido por uma só e mesma ordem que une todas as coisas não deixando nada ao azar.
8: a Alma é responsável desta ordem e produz tudo; os astros nunciam tudo.

9-15: A influência dos astros é limitada
9: Abandonado a sua alma inferior, o homem se torna escravo do destino e dos signos que enviam os astros; abandonado ao divino, nada pode ser mestre dele.
10: Os astros não produzem senão afecções corporais e não são únicos em jogo, pois a alma humana tem caracteres próprios e se expõe aos golpes de sorte.
11: A influência dos astros não mais a mesma uma vez descida aqui em baixo e ela se corrompe bastantes quando se mistura à matéria daqui.
12: As influências dos astros se misturam entre elas quando elas acontecem aqui em baixo e elas não alteram a natureza primeira daqueles que as recebem; estas influências vêm de corpos quentes que são úteis ao conjunto e que se coordenam com ele.
13:Princípio geral: nada pode modificar a razão que dirige o universo; uma coisa não senão melhorar uma outra e a torná-la pior, sem mudar sua natureza.
14: Os astros não são senão um dos numerosos fatores que podem influir sobre a pobreza, a riqueza, a glória e as magistraturas.
15: A alma superior faz escolhas antes de vir no universo e ela aí vem com uma natureza e tendências próprias que os astros não podem fundamentalmente mudar.

16-18: Explicação da fórmula “a alma governa o universo segundo uma razão”
16, 1-4: Será preciso retornar à definição do que é o vivente
16, 4-5: Em que sentido a alma governa o universo segundo uma razão?
16, 6-36: Três interpretações a rejeitar:
6-13: A alma produz cada coisa, sem ser responsável pelas consequências;
13-15: A alma produz cada coisa, e ela é responsável das consequências;
15-36: A alma se preocupa sem cessar de corrigir sua obra
16,36-18: Solução
16, 36-54: A alma envia as razões e ela cessa em seguida de agir, pois são as razões que põem a matéria em movimento e que a forçam a tender para o melhor.

17: A alma produz sem reflexão, graças às razões que ela recebe do Intelecto.

18, 1-8: Os males são necessário e úteis, pois vêm de realidades anteriores
18, 8-22: A alma do mundo recebe do Intelecto as razões, e ela produz por sua parte inferior.

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