Plotin – Traités. Dir. Luc Brisson et Jean-François Pradeau. Garnier-Flammarion, 2002.
Plano detalhado do tratado
Capítulo 1: Três gêneros de homens e três concepções do saber.
1-10. O primeiro gênero: o conhecimento e o saber residem na sensação.
10-15. O segundo gênero: o conhecimento e o saber residem na vida prática.
15-21. O terceiro gênero. O conhecimento e o saber residem na contemplação daquilo que está além do mundo de aqui de baixo.
Capítulo 2: Qual é o lugar além do mundo daqui de baixo, e como aí alcançar?
1-10. A busca pelo belo: da beleza dos corpos até aquilo que é primeiro e belo em si.
10-23. A beleza dos corpos depende da alma; a beleza da alma depende do Intelecto que é belo por ele mesmo.
23-27. Deve-se parar no Intelecto ou bem avançar ainda além dele?
Capítulo 3: A natureza do Intelecto.
1-8. É preciso examinar as relações entre o Intelecto, as Formas e aquilo que é realmente.
9-24. Todas as coisas são compostas de uma matéria de uma forma.
24-37. Todas as coisas que são recebem suas formas da alma; mas é o Intelecto que dá as razões da Alma.
Capítulo 4: O Intelecto é superior à Alma.
1-12. O Intelecto, que é o primeiro, é em ato; a Alma, que dele deriva, é informada.
12-19. O Intelecto deve existir antes da Alma.
Capítulo 5: Que pensa o Intelecto?
1-11. O Intelecto, que é sempre em ato, pensa por ele mesmo, e é ele mesmo aquilo que pensa.
11-19. O Intelecto pensa as coisas que são realmente como sendo nele mesmo.
19-26. O Intelecto, “produtor deste universo”, não pode pensar aquilo que se encontra no universo que ainda não existe; Seus objetos de pensamento devem logo existir nele mesmo como arquétipos e realidade primeiras.
26-36. O Intelecto é as coisas que são realmente e a lei mesma de seu ser; elas não estão sujeitas à geração e à corrupção.
36-48. As coisas sensíveis são aquilo que elas são por participação; elas são apenas imagens das coisas que são realmente,
Capítulo 6: O Intelecto e as coisas que são.
1-10. O Intelecto é “todas as coisas juntas”, embora cada uma delas seja uma potência particular.
10-24. A imagem das sementes: na semente inteira as potências não estão distintas; no entanto, elas engendram coisas diferentes.
Capítulo 7: O Intelecto, as Formas e as ciências
1-8. As ciências verdadeiras têm por objeto de pensamento os inteligíveis; elas são aquilo que elas pensam e elas têm nelas mesmas o inteligível assim como a intelecção.
8-12. Sendo todas coisas juntas, o Intelecto não busca adquiri-las, e ele não tem que pensar para que elas existam.
12-18. As Formas não são pensamentos que o Intelecto faz existir neles pensando, pois é preciso que o inteligível seja anterior À intelecção.
Capítulo 8: O Intelecto e as Formas.
1-8. O Intelecto na sua totalidade é todas as Formas, e cada Forma é uma parte da totalidade do Intelecto.
8-17. O Intelecto não é anterior àquilo que é; o Intelecto e aquilo que é nada mais são que uma única natureza.
17-22. A intelecção, as Formas e o Intelecto logo são uma mesma coisa.
Capítulo 9: A unidade do Intelecto e as Formas
1-3. A unidade do Intelecto e suas partes.
3-8. O Intelecto é um mundo inteligível que contem os arquétipos do todo.
8-16. O Intelecto que ordena possui todas as Formas na sua unidade; o universo sensível que é ordenado recebe parcialmente as Formas.
Capítulo 10: As Formas e o mundo inteligível.
1-6. De quais coisas sensíveis há Formas no mundo inteligível?
6-15. No mundo inteligível, posto que não há espaço, tempo e devir, as Formas, eternas e sem em ato, são somente realidade, realidade inteligível e vida.
15-20. As Formas das realidades “negativas”: o mal.
Capítulo 11: Há Formas dos produtos da técnica?
1-6. As Formas dos produtos da técnica e das técnicas.
7-24. As técnicas misturam princípios e proporções inteligíveis com o sensível: logo elas não se encontram no mundo inteligível, a não ser porque estão no homem, que pode contemplar o inteligível e dele se servir como modelo na sua atividade.
24-27. A geometria e o saber, que concernem realidade inteligíveis, encontram-se no mundo inteligível.
Capítulo 12: Há Formas dos indivíduos?
1-4. As Formas dos universais: existe uma Forma do homem, não uma Forma de Sócrates.
4. Existe uma Forma do homem individual?
5-11. As diferenças individuais dependem também da matéria.
Capítulo 13: Há Formas de coisas que não se encontram no sensível?
1-7. Há uma alma em si diferente da alma e um intelecto em si diferente do Intelecto?
7-13. A alma que está em nós possui certas Formas que não são imagens das Formas no sensível, mas são as Formas mesmo que existem no sensível de uma maneira diferente.
13-19. Se o sensível nada mais é que o visível, é preciso que haja no mundo inteligível não somente as Formas das coisas que existem no sensível, mas muitas outras ainda; se em revanche o sensível compreende também a alma, é preciso que tudo isto que existe no sensível exista também no inteligível.
Capítulo 14: Há Formas das coisas sem valor e compostos acidentais?
1-6. Se o primeiro princípio é uno e absolutamente simples, como explicar a multiplicidade? Porque o Intelecto é todas as coisas e de onde ele vem? Para responder estas questões, será preciso um outro ponto de partida da análise.
7-13. Há Formas das coisas em putrefação, da sujeira e da lama? Resposta negativa.
14-19. Há Formas dos compostos acidentais? Resposta negativa.
20-22. A hierarquia da alma: há uma alma individual, uma alma universal e uma alma em si; esta última é no Intelecto antes que a alma venha à existência, ou melhor, para que ela aí venha.