Segundo a ordem cronológica apresentada por Porfírio, o tratado 10 segue imediatamente o Tratado-9, do qual entende continuar o exame. Com efeito se o Uno é a realidade maravilhosa e toda-poderosa que descreveu o Tratado-9, e que a Alma dele provém, porque esta última se afastou de tal fonte? E, assim se afastando de seu princípio para alcançar até o sensível, como se dá que ela aí permaneça? Estas questões dão e este tratado 10 seu ponto de partida: Plotino se propõe de aí explicar como toda realidade, se separando de seu genitor, “dobra-se” e contribui a uma progressiva degradação do real. Plotino encontra assim uma questão mais geral, aquela que é relativa à maneira pela qual o Uno, o primeiro princípio de todas as coisas, engendra as realidade que vêm depois deles em favor de uma descida onde cada realidade é produzida por aquela que a precede e produz por sua vez a que a segue. A fim de resolver o conjunto das dificuldades associadas a estas questões, Plotino clarifica aqui a natureza das relações que entretêm o Uno, o Intelecto e Alma, as três realidades ou princípios que o título destes tratado, escolhido por Porfírio, designa como “hipóstases”.
Tratado 10 (V, 1) – Sobre as três hipóstases que têm nível de princípios
- Anciãos – Antigos
- Bouillet: Tratado 10 (V, 1) – DES TROIS HYPOSTASES PRINCIPALES
- Crouzel (OP:20-21) – esquecimento de Deus enquanto Pai
- Enéada V, 1 – Sobre as três hipóstases que têm nível de princípios
- Enéada V, 1, 1: A alma deve se conhecer a si mesma para reencontrar “o deus que é seu pai”
- Enéada V, 1, 10: Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases
- Enéada V, 1, 11: A alma individual tem nela mesma o Intelecto e o Uno
- Enéada V, 1, 12: Se nossa alma possui “coisas tão grandes”, porque permanece frequentemente inerte e inativa?
- Enéada V, 1, 2: A natureza da alma do mundo e sua atividade
- Enéada V, 1, 3: O Intelecto engendra a Alma e lhe é ao mesmo tempo superior e anterior