Segundo o “DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO” de Coenen & Brown, a palavra adelphos (composta de delphys, seio materno, e o alfa copulativo) significa nascido da mesma mãe; ou seja originário da mesma fonte, da mesma matriz. Em princípio se utiliza para designar ao carne – irmão carnal; consequentemente adelphe significa a irmã; o plural masculino significa também irmãos (ou seja, o conjunto de irmãos e irmãs); não obstante, o vocábulo designa qualquer parentesco de proximidade, como cunhado, primo, etc..
O emprego da palavra adelphos para designar ao correligionário, fé – ao que professa a mesma fé, parece ter sido introduzido sob influências orientais. O termo foi empregado correntemente no culto de Baal. No culto de Mitra, os iniciado – iniciados eram chamados irmãos; na cúspide da hierarquia clerical estava o pater fratrum. Na filosofia merece menção o Estoicismo, no qual o conceito de irmão tem um sentido muito profundo e se aplica a toda a humanidade. Finalmente, para o sistema que admite o monismo do espírito (Plotino), todos os seres do mundo são adelphoi.
A fraternidade pregada por Paulo em Romanos está regida pela agape. Paulo utiliza em suas cartas preferencialmente como saudação o plural adelphoi combinado com agapetoi, caríssimos irmãos.
As passagens do NT que utilizam o termo plesion, próximo, remetem quase todas, direta ou indiretamente, ao mandamento de amar o próximo (Lev 19,18). Na parábola do Bom Samaritano, Jesus leva ao absurdo a discussão rabínica de próximo – quem é o próximo. Plesion é um vocábulo que aparece desde Homero com este sentido. Na Septuaginta, traduz o hebraico rea, que vem da raiz ra’ah, ter trato ou familiaridade com alguém.