hêdoné: prazer. Não há em Platão condenação dos prazeres, mas uma reflexão sobre a maneira pela qual se pode dominá-los, quer dizer deles fazer uso. Os prazeres do corpo como os prazeres da alma devem ser ordenados a seus usos. A crítica socrática da intemperança não é todavia uma crítica dos prazeres. Aqui como em outras partes (na República por exemplo), Platão não condena os prazeres enquanto tais mas condena a impossibilidade na qual se encontram certos homens em distinguir os prazeres e em apreciar a oportunidade de sua satisfação. (Luc Brisson)