Categoria: Médio-platonismo
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Plutarco: leis como teias de aranha
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Anacharsis veio a Atenas, bateu à porta de Solon e disse que era um estranho que havia vindo para fazer laços de amizade e hospitalidade com ele. Na resposta de Solon de que era melhor fazer amizades em casa, “Bem, então”, disse Anacharsis, “faças tu, que estás em casa, faças de mim teu amigo e…
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Eros e Psique 9
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 9 Entrementes, pouco inclinada a usar os meios terrenos de investigação, Vênus parte para o céu. Ordena que lhe preparem a carruagem primorosamente polida e construída às pressas pelo ourives Hefestos, que sutilmente a deu de presente de casamento à deusa antes de sua primeira tentativa dentro da câmara…
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Eros e Psique 10
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 10 Foi então que Psique compreendeu que seu fim estava próximo. Não havia mais enigmas, e enviavam-na sem mais disfarces para a própria morte. Como não? Pois estavam mandando que fosse voluntariamente ao Tártaro e que se misturasse às almas dos mortos. Sem mais delongas, ela dirigiu-se a uma…
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Eros e Psique 6
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 6 O bem-amado deus, lá das alturas, não abandonou a amada, voando até a ponta de um cipreste, de onde, comovido, proferiu as seguintes palavras, destinadas à Psique: — Na verdade, minha ingênua Psique, sem seguir as prescrições da minha mãe Vênus, que me ordenou que te acorrentasse a…
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Eros e Psique 3
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 3 Enquanto isso, os pais envelheciam de dor e de tanto se lamentar; e como os rumores desses acontecimentos logo se espalharam, tão logo souberam do fato, as irmãs mais velhas de Psique abandonaram seus lares, consternadas e preocupadas, para ir visitar os pais. Nessa mesma noite, o esposo…
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Eros e Psique 5
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO V Assim que ficou sozinha, Psique, transtornada e agitada, inquieta-se apanhada nas correntezas do sofrimento que a transporta de um lado para outro como se fosse um mar; embora resolvida a perpetrar o crime, ela subitamente hesita, sem poder resolver-se, arrastada por pensamentos contraditórios que aumentam a sua indecisão,…
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Apuleio Eros e Psique
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in ApuleioFILOSOFIA ANTIGA — APULEIO Eros e Psique Resumo de Christiane Noireau, LA LAMPE DE PSYCHÉ Era uma vez um rei e uma rainha que tinham três filhas, mas a caçula, Psique era a mais bela. Tão bela que os mortais não tinham mais interesse nos altares de Afrodite (Vênus) e consagravam suas oferendas a Psique.…
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Eros e Psique 8
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 8 Enquanto isso, Psique continuava sua triste peregrinação, buscando noite e dia pelo esposo. Quanto mais desespero sentia na alma, tanto mais sequioso de amor ficava também o encolerizado Eros, visto sentir falta do amor da esposa para aplacar-lhe os desejos; também não conseguia satisfazer-se com os favores obtidos…
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Eros e Agape 2
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in ApuleioAnders Nygren — Eros e Agape. A originalidade da comunhão cristã com Deus 2. — L’originalité de la communion chrétienne avec Dieu. On peut observer aux heures décisives de l’histoire religieuse, au moment où jaillit un élément nouveau, que bien que l’on ait conscience des réalités qui apparaissent, on reste attaché aux valeurs anciennes déjà…
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Eros e Psique 4
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 4 Enquanto isso, nessa mesma noite, o esposo que ela não conhecia voltou a advertir a esposa: — Não vês o perigo que te espreita de longe? Fortuna trama e se abaterá sobre ti, se não procederes com a máxima cautela. As lobas pérfidas se esforçam por armar-te uma…
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Eros e Psique
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in ApuleioMITOLOGIA GREGA — EROS E PSIQUE VIDE: THOMAS TAYLOR : THE FABLE OF CUPID AND PSYCHE Excertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild Em certa cidade, havia um rei e uma rainha que tinham três filhas dotadas de extraordinária beleza. Ainda que fossem muito belas, as mais velhas podiam…
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Eros e Psique 7
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in ApuleioMITOLOGIA — EROS E PSIQUE CAPÍTULO 7 Enquanto Psique peregrinava de cidade em cidade à procura de Cupido, este guardava o leito na casa de sua mãe, gemendo de dor pela queimadura. Vênus não se encontrava presente. Foi então que uma gaivota branca como a neve; dessas que voam nas cristas das ondas, desceu apressada…
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Albino
Excertos de Guillermo Fraile, História da Filosofia Albino (h.151).—Discípulo de Gayo y maestro del emperador Galieno. Vivió en Esmirna. Se conservan dos escritos: un Prólogo a los Diálogos de Platón, que versa sobre su orden y su forma literaria, y un Didascalikón, o epítome de la doctrina platónica, con carácter de introducción general, que figura…
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Didaskalikos 4, 156,1-6
E por sua vez, posto que dos objetos de sensação alguns são primários, tais como qualidades, i. é. cor, ou brancura, e outros acidentais, tais como «branco» ou «colorido», e seguindo estes o conjunto (athroisma), tais como fogo ou mel (Teeteto 156d-157c), mesmo assim haverá um tipo de percepção dos sentidos concernente aos objetos primários,…
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Didaskalikos 4, 154,40-155,5
A opinião é a combinação da memória e da percepção. Pois quando primeiro encontramos algo perceptível, e dele obtemos uma percepção, e disso uma memória, e mais encontramos o mesmo perceptível de novo, conectamos a memória preexistente com a percepção subsequente e dizemos dentro de nós mesmos «Sócrates!», «Cavalo!», «Fogo!», etc. E isto é chamado…
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Didaskalikos 4, 154,25-9
Este último (razão (logos)), também, tem dois aspectos: um concernente aos objetos de intelecção, o outro aos objetos de sensação. Destes, o primeiro, aquele concernente aos objetos de intelecção, é ciência (episteme) e a razão científica (epistemonikos logos), enquanto aquele concernente aos objetos de sensação é opinião (doxa), e razão opinativa (doxastikos logos).
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Didaskalikos 1
1. Possa o que segue servir como um sumário dos principais ensinamentos de Platão. A filosofia é uma esforço pela sabedoria ou uma liberação e redirecionamento da alma do corpo que ocorre quando nos viramos para o mundo inteligível e as coisas que realmente são. A sabedoria é o conhecimento das coisas divinas e humanas.…
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Afecções
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Os estoicos dizem que as afecções (pathe) se encontram nos lugares afetados, enquanto as sensações (aisthesis) residem na parte diretora. (Pseudo-Plutarco)
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Alcino
Alcino ou Albino ou Alcínoo, é um filósofo do Médio Platonismo que viveu entre o primeiro e o segundo século depois de Cristo, que escreveu um notável Manual do Platonismo, Didaskalikos, um dos poucos documentos que sobreviveram desta época.
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Sorabji: Alcínoo sobre a opinião (doxastikos logos)
Excerto de SORABJI, Richard. The Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A sourcebook. Vol. 1: Psychology. Ithaca: Cornell University Press, 2005, p. 34-35 Alcínoo, o autor médio-platônico do Didaskalikos do primeiro ao segundo século dC, assume que Platão sustenta que mesmo a percepção da cor ou do colorido é “não sem o tipo de razão…