Segundo Maria Cecília Gomes dos Reis (Aristóteles De Anima. Rio de Janeiro: Editora 34, 2006, p. 20):
O objeto do tratado é a psykhê, aquilo que diferencia um ser natural animado de um ser inanimado, termo que se traduz por alma, na falta de expressão melhor. Aristóteles inova, incluindo nesta classe as plantas, por entender que a nutrição por si mesmo está na base de todas as demais manifestações de vida |DA 414b34|. Segundo ele, para os seres vivos, ser é viver; e o viver subsiste em todos de acordo com a alma nutritiva (he threptikê psykhê — DA 415a23-4|,
|cujas| funções são o gerar e o servir-se de alimento. Pois, para os que vivem |…|, o mais natural dos atos é produzir outro ser igual a si mesmo; o animal, um animal, a planta, uma planta, a fim de que participem do eterno e do divino como podem. |DA 415a25-b1)
O escopo do tratado é examinar e encaminhar a solução de três ordens de problemas: o do gênero e o da unidade da alma, bem como o de sua definição (DA 402a23-b8).