1. Possa o que segue servir como um sumário dos principais ensinamentos de Platão. A filosofia é uma esforço pela sabedoria ou uma liberação e redirecionamento da alma do corpo que ocorre quando nos viramos para o mundo inteligível e as coisas que realmente são. A sabedoria é o conhecimento das coisas divinas e humanas. A palavra «filósofo» é derivada de «filosofia» como «músico» é de «música». O filósofo deve em primeiro lugar ter um pendor natural pelas doutrinas que podem prepará-lo e conduzi-lo ao conhecimento do Ser que é inteligível e não muda e não está em um estado de fluxo. Em seguida o filósofo deve se agarrar à verdade com desejo, e não deve de maneira alguma entreter a falsidade. Em adição deve ser moderado por natureza, como tal, e naturalmente contido com respeito a parte passional da alma. Pois aquele que visa aprender para relacionar-se com as coisas que são e dirigir seus esforços em direção delas não seria um admirador dos prazeres. A pessoa que vai ser um filósofo deve também ter uma mente aberta, pois não há maior obstáculo que a mesquinhez de espírito para uma alma que está destinada a contemplar coisas divinas e humanas. Deve também ter um pendor natural por justiça e, em relação a isto, por verdade, liberdade e temperança. Deve também ter uma atitude para o aprendizado e uma boa memória, pois estas também são características do filósofo. Quando estas nobres qualidades coincidem com a justa espécie de educação e uma apropriada formação, elas tornam uma pessoa perfeita com respeito à virtude; se, por outro lado, são negligenciadas, se tornam uma fonte de grandes males. Platão estava assim acostumado a designar estes talentos com os mesmo nomes como as virtudes temperança, coragem e justiça.