====== Mênon ====== Sobre se a virtude pode ser ensinada. Conclusão negativa, contrária à tese de Sócrates. Insuficiência da razão discursiva, que deve apoiar-se na experiência e completar-se com a intuição. Aparecem os primeiros elementos pitagóricos, a preexistência das almas e a reminiscência. Mas isto talvez atrase um pouco a redação deste diálogo, como com o do Górgias. Segundo alguns autores, marca a crise, o momento que Platão se dá conta que seus problemas transcendem os limites em que pensou e viveu Sócrates. **Estrutura do Diálogo** O que é a virtude? A busca infrutífera de uma definição (70a-80d) (Menon, Sócrates) * Menon questiona Sócrates se a virtude se ensina. * Sócrates recusa responder. Ignorando o que á a virtude, não pode nada dizer * Convite a Menon de defini-la * Primeira definição da virtude Menon especifica a virtude segundo o sexo, a qualidade, a idade e a atividade. * Sócrates recusa estas respostas, que não apresentam a forma distintiva de cada virtude * Segunda definição da virtude por Menon A virtude é a capacidade de comandos os homens * Sócrates contrapõe com a necessária justiça no comando. * Justiça sendo uma virtude não pode definir a virtude * Modelos de definições propostos por Sócrates Definições da figura A figura é a única coisa que se acompanha de cor. * Sócrates renuncia esta definição * A figura é o limite do sólido * Definição da cor A cor é um efluvio de figuras proporcionada ao órgão da vista e sensível * Terceira definição da virtude por Menon Desejo das belas coisas juntamente com * poder de procurá-las * Sócrates nota que todo ser humano tem o desejo das belas coisasque o exercício do poder não é virtude a não ser acompanhado de uma das virtudes (justiça, temperança, coragem, etc.) O argumento erístico de Menon. A solução socrática da reminiscência e sua verificação (80d-86c) (Menon, Sócrates, Jovem) * O "argumento erístico" de Menon Impossível pesquisar aquilo que não se sabe absolutamente o que é * A solução socrática da Reminiscência A alma é imortal * Ela adquiriu anteriormente o conhecimento de todas as coisas * A cada encarnação este conhecimento fica latente, mas poder ser relembrado * Aprender uma verdade consiste simplesmente em dela se ter a reminiscência * Verificação da Reminiscência Prova através da relembrança do teorema de Pitágoras por um jovem * Questionamento que conduz à reminiscência Retorno à questão do ensinamento da virtude. Exame a partir de uma hipótese. A virtude é conhecimento? (Menon, Sócrates) * Menon repõe a questão do ensino da virtude * O exame a partir de uma hipótese Só o conhecimento se ensinaA virtude é conhecimento?A virtude é um bem e é útilA razão é o único princípio de sucesso de toda ação Deduz-se que a virtude é a razão e ela se ensina Primeira consequência: se a virtude se ensina, ela se adquire portanto por natureza Segunda consequência: se a virtude se ensina, devem existir mestres que a ensinam e alunos que a prendem Busca dos mestres de virtude: como adquirir a virtude? (89e-96d) (Sócrates, Anytos, Menon) * Os sofistas, mestres de virtude? Questão posta a Anytos * Anytos acusa os sofistas de corromper os jovens, em lugar de ensinar a virtude * Os homens políticos atenienses, mestres de virtude? Segundo Anytos, os verdadeiros mestres de virtude são os cidadão atenienses Mas os mais brilhantes não conseguiram a ensinar aos filhos * É impossível ensinar a virtude? Menon admite não saber * Sócrates reconhece esta hesitação * Se não se encontram mestres de virtude como ensiná-la? A virtude é uma opinião verdadeira. Da diferença entre opinião verdadeira e conhecimento (96d-100c) (Sócrates e Menon) * A opinião verdadeira é igualmente causa do sucesso da ação A retitude da ação humana não é devida somente à ciência, mas também a opinião verdadeira. * Opinião verdadeira e conhecimento Raciocínio produzido pela reminiscência * A virtude dos homens políticos: uma opinião verdadeira originária de um favor divino A virtude dos homens políticos não é devida ao conhecimento nem a natureza mas a um favor divino que os inspira