====== República Preâmbulo (L1): Crítica das ideias admitidas sobre a justiça ====== * Preâmbulo (L1): Crítica das ideias admitidas sobre a justiça Introdução: Sócrates e Céfalo Sócrates na festa de Bendidios Conversação com o velho Céfalo sobre os incômodos da velhice * O bem supremo que busca a fortuna é de não ser tentado a ser desonesto Mas (primeira opinião sobre ajustiça, Céfalo): a justiça consiste em "dizer a verdade e pagar suas dívidas"? A) Crítica das definições correntes da justiça (331e-336a) * Primeira definição (Simonide, por generalização daquela de Cefalo): "dar a cada um aquilo que a ele se deve" Segunda definição (aditamento à precedente): "fazer o bem a seus amigos e o mal a seus inimigos" Primeira crítica (analogia justiça/arte): todas as técnicas são mais úteis que a justiça * Segunda crítica (analogia justiça/arte): o homem que sabe ser justo sabe também ser o mais injusto * Terceira crítica: quem são os verdadeiros amigos e os verdadeiros inimigos? Terceira definição: fazer o bem ao amigo e o mal ao inimigo mau * Crítica: fazer o mal aos maus os torna piores; o homem justo não deve fazer o mal a ninguém B) Discussão da tese de Trasímaco: Trasímaco intervém, revoltado contra o método seguido (336b) * 1. Exposição e crítica da tese sofística: a justiça é o interesse do mais forte (336b-347e) Exposição da tese * Primeira tentativa de refutação Aquilo que os fortes instituem nem sempre é para eles vantajoso * Réplica: o forte só é forte enquanto não se engana sobre sua vantagem * Segunda tentativa de refutação Toda técnica é feita para vantagem daquilo que sobre o qual ela se exercita e que ela domina * Réplica Toda técnica busca a vantagem daquele que a exercita e re-desenvolvimento da tese * A injustiça é mais forte e mais livre que a justiça * Terceira refutação Réplica Distinção da função das artes enquanto artes e das vantagens buscadas por aqueles que as exercem * Donde: a arte de governar se propõe para o bem dos governados * 2. A injustiça é mais lucrativa que a justiça? (347e-354c) Trasímaco classifica a injustiça junto com a virtude e a sabedoria * Primeira refutação A justiça é mais bela que a injustiça * O justo a conduz sobre seu contrário apenas, ele portanto sábio e bom. * Intermezzo. * Segunda refutação A justiça é mais forte * A injustiça impede os homens de agir em concerto * Terceira refutação O injusto não é mais feliz que o justo cada coisa tem sua virtude própria * a função da alma é de governar * sua virtude é a justiça * o homem justo vive portanto melhor que o injusto * Conclusão Buscou-se qualificar a justiça * Saber se ela é uma virtude ou se ela é vantajosa * Sem conhecer sua essência