Festugière (AFRHT1) – Astrologia - Introdução

Festugière — A Revelação de Hermes Trismegisto - Livro I

Introdução — A Era e o Meio Resumo da Introdução do Livro I — A Astrologia e as Ciências Ocultas

O período que vai de Trajano ao último dos Severos é uma era de contrastes. Em aparência, parece que jamais o mundo antigo atingiu grau semelhante de civilização. Os fortes exércitos de Roma mantinham os Bárbaros nas fronteiras do Império. A Oikoumene estava em paz.

 

Ir além da pitagorização de Platão, em direção a uma sabedoria ancestral que seria revelação primordial.

 

Um traço da época: a demanda de Deus e o gosto do deserto em aliança natural.

O monge, o eremita, aquele que quer ficar “sós a só” com Deus: “monos pros monon”.

Os gregos deram o nome de Hermes a um deus egípcio, Thoth, originalmente um deus local, adorado em Khmonou (hoje em dia Achmounein) no Médio Egito, que os gregos fizeram “a cidade de Hermes”, Hermopolis, que se denominava a Grande para a distinguir de outra Hermopolis no delta do Nilo.

Os animais que representavam Thoth eram o cinocéfalo e a ibis.

Pan, filho de Hermes, é definido como o deus “que faz tudo conhecer, quer dizer como a linguagem (logos) ele mesmo ou o irmão da linguagem.

A literatura hermética apresenta as formas mais variadas: escritos astrológicos e de medicina astrológica; receitas de magia; obras de alquimia; pequenos tratados de filosofia ou de teosofia; questões de astronomia, de física, de psicologia, de embriogenia, de história natural; tudo que com a decadência do racionalismo grego se tornou ciência.