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Platão, no Timeu 71A-72C, fez a adivinhação por meio dos sonhos depender de imagens (phantasmata), em oposição à razão, embora as imagens precisassem de uma interpretação posterior pela razão. Aristóteles apresentou uma explicação oposta e racionalista em Sobre a Adivinhação pelo Sono. O sono nos dá o silêncio necessário para reconhecer sintomas negligenciados de doenças iminentes em nossos corpos. As interpretações neoplatônicas tendem a se alinhar com Platão e atribuir um grande papel à imaginação na adivinhação.
Quanto ao uso de animais na adivinhação, Porfírio se opõe à matança de animais para facilitar a adivinhação por meio da inspeção das entranhas ou do consumo desses animais. O filósofo não precisa de adivinhação ou, se precisar, será alertado por bons demônios. A profecia requer uma dieta vegetariana. Jâmblico afirma, no fim das contas, concordar. Ele cita com aprovação a visão de Pitágoras de que a carne impede a adivinhação. Segundo ele, as técnicas que envolvem animais não dependem de seu caráter físico, mas sim da alma animal, que é intermediária entre nós e os demônios.
No entanto, Jâmblico acredita que a verdadeira profecia depende da luz divina que ilumina nossos veículos da alma (Myst. 3.14, 132,9-15, traduzido acima sob 2(g)), enquanto os praticantes da adivinhação física dependem de efusões físicas (aporroiai, Myst. 3.28-9, 169,9-172,12).