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Aristóteles: Da Alma - Livro II

Excerto de Aristóteles, Sobre a Alma. Tr. Ana Maria Lóio. Lisboa: Imprensa Nacional, 2010, p. 20-21)

LIVRO II

Definição de alma: proposta de definição das suas faculdades. Estudo individual das faculdades da alma: a faculdade nutritiva, a sensibilidade; investigação particularizada de cada sentido.

DEFINIÇÃO DE ALMA 1 (i) Alma substância e primeiro acto Ensaio de uma primeira definição de alma, construída gradualmente até chegar à enunciação de que é o primeiro acto de um corpo natural que possui vida em potência. Organicidade deste corpo; inseparabilidade da alma.

2 (ii) Aquilo pelo qual vivemos Sentidos em que se diz que um ser vive e é um animal. A alma como princípio das faculdades pelas quais se define; natureza e inter-relação das faculdades da alma. Definição da alma como aquilo pelo qual vivemos, percepcionamos e discorremos. Aplicação à alma da doutrina do par potência/acto.

DEFINIÇÃO DA ALMA PELAS SUAS FACULDADES 3 As faculdades da alma Relação de sucessão entre as faculdades da alma presentes nos seres vivos. Necessidade da investigação do tipo de alma de cada ser vivo. O estudo de cada faculdade como melhor estratégia de abordagem da alma.

4 A faculdade nutritiva A faculdade nutritiva como a mais comum. Suas funções: reprodução e assimilação de alimentos. Digressão sobre a alma como causa e princípio do corpo que vive (origem do movimento, causa final e substância dos corpos animados). A nutrição (o alimento, sua relação com o ente animado) e a reprodução.

A SENSIBILIDADE 5 Sensação Esclarecimento do sentido de «percepcionar», «ser afectado», «mover-se». Aplicação da doutrina do par potência/acto ao estudo da sensibilidade.

6 As três acepções do sensível Exposição das acepções de «sensível» por si mesmo (próprio de cada sentido, comum a todos os sentidos) e por acidente.

7 A visão e o seu objecto O visível como objecto da visão. A cor e a luz. O envolvimento da luz na visão. O ver como afecção sofrida pelo órgão sensorial por acção de um intermediário; suas qualidade e função.

8 A audição e o seu objecto; a voz Os elementos envolvidos na produção do som; os objectos capazes de soar e as propriedades que Lhes conferem tal capacidade. Implicação de um intermediário na audição; qualidade e função daquele. Caracterização da voz na qualidade de som de um ser animado.

9 O cheiro e o seu objecto O olfacto e o seu objecto; dificuldades de definição. Envolvimento de um intermediário; suas qualidades e função. O diferente cheirar nos animais que respiram e nos peixes. Relação do cheiro com o que é seco.

10 O paladar e o seu objecto O tangível como objecto do paladar. Ausência de um intermediário do paladar. Sua relação com o úmido. Necessidade de o órgão sensorial ser capaz de umidificar-se. Identificação e caracterização das espécies dos sabores.

11 O tacto e o seu objecto Variedade dos sentidos tácteis e dos tangíveis. Carácter interno ou externo do órgão do tacto. Problematização da existência de um intermediário do tacto e da sua natureza. A carne como intermediário do tacto. Caracterização dos tangíveis e do órgão do tacto.

12 A sensibilidade em geral: o sentido Definição de «sentido» como aquilo que é capaz de receber as formas sensíveis sem a matéria; suas consequências para o órgão sensorial. Questões gerais sobre a sensibilidade.

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