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antiguidade:aristoteles:etica_a_nicomaco:caeiro_en11-12_praxis_em_aristoteles

Caeiro (EN:11-12) – praxis em Aristóteles

Mas de todos os problemas postos , o maior resulta de há já muito termos perdido o contato com o sentido essencial do prático tal como os Gregos o experimentavam espontaneamente. É desse sentido que dependem a possibilidade da sua caracterização, enquadramento e compreensão. Caracterizar o horizonte prático é caracterizar a situação específica em que o Humano se encontra. O sentido original do substantivo «práxis»] é dificilmente vertido para português através de termos como «ação» ou «prática». O verbo «práttein» significa passar por, atravessar. Significa também estar sujeito ao acaso, ao feliz tanto quanto ao infeliz. Significa bem assim «levar a cabo», «realizar», «cumprir»]. Nesta conformidade, o horizonte prático é o espaço onde tem lugar aquilo por que se passa: as situações em que caímos e as situações que criamos. O Humano existe desprotegido num horizonte que o deixa necessariamente exposto aos reveses da fortuna, aos caprichos do acaso, aos golpes do destino, à adversidade em geral. O mundo em que vivemos, os outros que aí encontramos, nós próprios no que nos dá para fazer, tudo isto forma frentes provocadoras da ação. Mas a ação só acontece quando arranjamos um espaço de manobra para a levar a cabo de livre e espontânea vontade, de forma plenamente consciente.

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