Enéada I, 3 (20) 3 – O filósofo.
Por sua parte, o filósofo é aquele que por natureza está disposto a isso, que tem, por assim dizer, «asas», e que não precisa se separar, como os dois anteriores. Ele começou a se mover para cima, e só precisa de alguém que lhe mostre o caminho quando se encontra em apuros. Deve-se, portanto, mostrar-lhe o caminho, e libertá-lo, quando ele o desejar, ele que foi destacado por natureza e há muito tempo. Deve-se, portanto, dar-lhe um ensino matemático para acostumá-lo a apreender o incorpóreo e a confiar nele. Ele o receberá, de fato, facilmente, pois é «amigo do saber», e, por natureza, é virtuoso; deve-se levá-lo à perfeição dessas virtudes. E depois desse ensino matemático, será preciso dar-lhe um treinamento dialético e fazer dele um dialético completo.
