Enéada IV, 8 – Sobre a descida da alma no corpo
Plotin - Traités. Dir. Luc Brisson et Jean-François Pradeau. garnier-Flammarion, 2002.
Plano detalhado do tratado
Capítulo 1: Interrogação sobre as condições da descida da alma no corpo 1-11. Descrição da experiência do inteligível e interrogação sobre a possibilidade da descida da alma. 11-23. Recurso aos pensamentos de Empédocles e de Heráclito. 23-50. Recurso aos diálogos platônicos a fim de esclarecer duas concepções da descida da alma: destinação individual ou necessidade cosmológica.
Capítulo 2: A bem-aventurada governança do corpo 1-10. Os três eixos de pesquisa que permitirão resolver a questão: a alma em geral; o mundo; o produtor do universo. 10-19. Análise daquilo que teria sido a situação dos corpos e se as almas individuais não teriam mergulhado neles em comparação com a situação do corpo do universo. 19-26. A alma individual conserva a possibilidade de participar na governança do universo. 26-38. A governança do corpo pela alma do universo se distingue daquela que exerce a alma individual sobre seu próprio corpo. 38-53. O caso das almas dos astros: como a alma do universo, elas podem governar o corpo preservando sua felicidade.
Capítulo 3: Comparação entre a alma e o Intelecto. 1-6. O caso da alma humana: ela sofre de sua relação com o corpo, mas as causas de sua descida são diferentes daquelas que explicam a descida da alma do universo. 7-16. Comparação entre as relações dos intelectos particulares ao Intelecto universal. 16-30. Ilustração destas relações pela imagem da cidade dotada de uma alma e pela imagem das diversas formas de fogo. 21-30. Aquilo que diferencia a alma do Intelecto: ajunta ao pensamento a função de governar os corpos.
Capítulo 4: A queda das almas individuais. 1-10. A dualidade das almas individuais: por sua parte superior, podem habitar aqui lá, próximo a Alma universal. 10-25. O isolamento e a queda das almas. 25-35. O caráter “anfíbio” das almas, que vivem aqui permanecendo lá. 35-42. Comentário da produção e da semeadura das almas no Timeu.
Capítulo 5. A descida da alma é ao mesmo tempo voluntária e necessária. 1-10. Retomada das expressões de Platão, Empédocles e Heráclito: não há contradição entre os caracteres necessários e voluntários da descida da alma. 10-24. A falta da alma e seu castigo. 25-37. A alma é de natureza divina; desce no corpo para exercer sua potência e manifestar aquilo que é.
Capítulo 6: A potência herdade do Uno se estende à totalidade do real. 1-10. Da mesma forma que o Uno engendra necessariamente uma realidade depois dele, a alma deve do mesmo modo engendrar o corpo. 10-16. A potência que vem do Uno estende-se a todas as coisas. 16-23. A alternativa concernente a matéria: seja eterna e não engendrada, seja ela engendrada por causas que a precedem. 23-28. O sensível manifesta o inteligível e as duas ordem de realidade são solidárias.
Capítulo 7: O estatuto intermediário da alma entre o sensível e o inteligível. 1-7. Pelo fato de sua dupla identidade, sensível e inteligível, a alma ocupa um nível médio na hierarquia do real. 7-17. A alma temerária que se precipita no corpo sofre de sua relação com ele; as a experiência do mal pode também lhe permitir, por contraste, melhor conhecer o bem. 17-23. Comparação do movimento de saída fora do Intelecto e do movimento que sai da alma. 23-31. Distinção da situação das almas individuais e da situação da alma do universo.
Capítulo 8: possibilidade para a alma de governar o corpo preservando sua relação ao Intelecto. 1-13. Aquilo que é pensado pela parte superior da alma só nos é perceptível se a parte sensível não predomina. 13-23. A alma do universo governa graças ao Intelecto; as almas parciais devem recorrer ao raciocínio, posto que elas não podem sempre perceber a presença do Intelecto.
