Enéada VI, 2, 16 — Eliminar outros gêneros: a relação, o onde, o quando...
Além disso, como «o relativo, que é uma espécie de rebento», poderia se encontrar entre os gêneros primeiros? Pois há relação entre uma coisa e outra e não entre uma coisa e ela mesma. O «onde» e o «quando» estão ainda mais longe do ser. Pois o «onde» indica que uma coisa está em outra, o que faz duas coisas. Ora, o gênero deve ser um, e não um composto. Além disso, não há lugar lá; ora, nosso propósito concerne os seres verdadeiros. E é preciso perguntar se há tempo lá. É sem dúvida mais provável que não. Mas se o tempo é uma medida, não simplesmente uma medida, mas a «medida do movimento», então há dois elementos e o conjunto é um composto posterior ao movimento, de sorte que não está nem mesmo no nível do movimento na divisão. O «agir» e o «padecer» consistem em um movimento, se é verdade que há padecer lá. Além disso, o agir implica que haja duas coisas. E o mesmo ocorre com o padecer. Nem um nem outro são, portanto, uma coisa simples. «Ter» também implica uma dualidade; quanto ao «estar situado», implica que uma coisa está em outra de maneira determinada, de modo que há três coisas.
