Enéada VI, 3, 28 — Conclusão (de Porfírio?)
Foi dito que agir e padecer devem ser chamados de movimentos; entre os movimentos, pode-se sustentar que uns são absolutos, outros são ações, outros afetos. Quanto aos outros gêneros de que falamos, eles se reduzem àqueles que foram considerados. O relativo é a disposição que uma coisa tem de entrar em relação com outra, e pressupõe que essas duas coisas entrem em relação ambas ao mesmo tempo. Há relação quando a disposição de uma realidade a produziu; a realidade não será relativa enquanto realidade, mas apenas enquanto parte de algo – a mão ou a cabeça, por exemplo –, ou causa ou princípio ou elemento. É também possível dividir os relativos, como foi feito pelos antigos, distinguindo aqueles que produzem, aqueles que medem, aqueles que consistem em um excesso ou em uma falta, e aqueles que permitem, em geral, estabelecer uma separação entre a semelhança e a diferença. Eis os gêneros do ser.
