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Corpus Hermeticum – Tratado XI (Zolla)

ZollaMO1

Ordenes à tua alma que vá para a Índia e a vejas mais rapidamente do que tua ordem. Ordene-lhe então que chegue ao oceano e contemple-a, mais uma vez, não como alguém que passa de um lugar para outro, mas como alguém que já está lá. Ordene-lhe que voe para os céus e ela não precisará de asas, nada poderá impedi-la, nem o fogo do sol, nem o éter, nem a revolução do céu, nem os corpos das estrelas, mas atravessando tudo, ela voará até o último corpo.

E se quiseres atravessar o todo para contemplar o que está fora dele, se houver algo fora do cosmos, podes.

Vejas que poder e velocidade possuis! E se podes fazer isso, Deus não pode? Essa é a maneira de conhecer Deus, que tem em si todas as coisas como pensamentos, o mundo, ele mesmo, o todo. Se não te igualares a Deus, não poderás conhecê-lo pela razão, pois somente o semelhante pode ser conhecido pelo semelhante. Cresças até o ponto da imensidão, solte-te repentinamente de todo corpo; eleve-te acima de todo tempo e torne-te Evo (Αιών), e conhecerás Deus. Tendo dito que não há nada que seja impossível para ti, considere-te imortal e capaz de toda compreensão, toda técnica, todo conhecimento, as roupas de todos os animais.

Subas acima de toda altura, desças abaixo de toda profundidade. Reúnas em ti as sensações das coisas criadas: do fogo, da água, da secura, da umidade, e finja que estás em toda parte, na terra, no mar, no céu, ainda não nascido no útero, uma criança, um velho morto, além da morte.

Se todas essas coisas que normalmente entendes, tempos, lugares, atos, qualidades, quantidades, podes entender Deus.

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