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Luz (Ficino, 1476) – Luz inteligível e luz visível

O intelecto responde que Deus é pai das luzes, em quem não existem nem mudança, que o extinguiria ou arruinaria, nem sombra de variação ], que o mergulharia na noite ou o eclipsaria. Responde ainda que Deus é luz na qual nenhuma treva existe ], isto é, uma forma (forma) que não contém nada de informe e uma beleza (formositas) que não contém nada de disforme. Deus é evidentemente, como mostra o intelecto que é seu raio, uma luz invisível, a infinita verdade, a causa de toda verdade e de todas as coisas, cujo esplendor, ou melhor, cuja sombra ] é essa luz visível e finita, causa das coisas visíveis. Ora, como a natureza da luz e da verdade é revelar realmente as coisas umas às outras, Deus percebe assim clara e verdadeiramente cada coisa por si mesma. Como se a luz visível, que é fonte das cores e das coisas visíveis, voltasse seu olhar para si mesma como para uma luz de todas as cores, e visse nela todas as cores e todas as coisas sensíveis.

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