Phantasia
gr. φαντασία, phantasía (he): imaginação, impressão. týpôsis: imprimir, impressão ver aisthesis, noesis. Faculdade da alma humana de criar imagens imanentes. Platão emprega incidentemente essa palavra, ora no sentido de aparência (Deus é simples e não nos engana com simulacros, Rep., II, 382c), ora no sentido de faculdade imaginativa (imaginação e sensação são uma mesma coisa, Teeteto, 152c). Aristóteles a trata essencialmente como faculdade em De anima (III, 3) insistindo no fato de que ela é diferente da sensação (aísthesis) e do pensamento (diánoia): ela é “movimento nascido da sensação”. Para Epicuro, a phantasía é sempre verdadeira (Sexto Empírico, Adv. math., VII, 203). Os estoicos empregam a palavra phantasía em dois sentidos. Por um lado, é ela aparência (enganosa) que se opõe ao fenômeno (phainómenon), que é o fato normal (Epicteto, Manual, I, 5).
PHANTASÍA, PHANTASÍA KATALEPTIKE (apparence, apparition, représentation, représentation compréhensive ; chez Aristote, Imagination) (grec)
subs. fém., syntagme
Le mot phantasía vient de phaínomai, « j’apparais », « je parais (semble) », verbe dérivé ultimement du sanskrit bhati, d’où vient phàos (phôs) lumière. Dans son examen de la fiabilité des représentations sensorielles, Platon nomme phantasia une doxa (opinion, jugement) liée à la sensation (Soph. 264 a 1-6 ; v. aussi Théét. passim et Phil. 38 c,d) : d’où possibilité d’erreur. Pour Aristote, la phantasia est l’imagination, distincte de la perception (An. III, 3, 427 b 27 ss.) : elle est essentielle au désir (orexis). Chez les stoïciens, l’affection provoquée dans les organes des sens par un mouvement extérieur est une phantasia : si le logos y donne son assentiment elle devient cataleptique, et manifeste de manière authentique le caractère propre de l’objet (v. E. Bréhier, Chrysippe, p. 80-100). (M. Roussel) (NP)
phantasia: imaginação, impressão
Platão usa o termo phantasia como uma mistura de juízo e percepção (Teeteto 195d). Para Aristóteles a imaginação (phantasia) é um intermediário entre o perceber (aisthesis) e o pensar (noesis), De anima III, 427b-429a (confrontar a posição análoga de phantasia em Plotino, Enéadas IV, 4, 12). É um movimento da alma causado pela sensação, um processo que apresenta uma imagem que pode persistir mesmo depois de desaparecer o processo da percepção. Phantasia é definida por Zenão como «uma impressão na alma» (Sexto Empírico, Adv. Math. VII, 236), um «impulso do exterior» capaz de ser captado (katalepsis) pela alma e aí permanecer (Cícero, Acad. post. I, 11, 40-42). A sua natureza sensual foi mudada de «impressão» para «alteração» por Crisipo (Sexto Empírico, Adv. Math. VII, 228-231, 233) que também sustentou que ela e não a katalepsis era o critério da verdade (D. L. VII, 54; ver katalepsis).
Para o papel de «fantasiar» na criação de «falsos prazeres», ver hedone; para mais comentários sobre o seu papel na intelecção, noesis. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)
