dyás: díade, par
De acordo com um relato do pitagorismo preservado num autor tardio (D. L. VIII, 25), a Díade foi derivada da Mônada (monas); mas com base na «Tábua dos Contrários» na Metafísica 986a, monas e dyas pareciam classificar-se como co-princípios, e se a monas está associada com o Bem (agathon) (Aécio I, 7, 18; ver Ethica Nichomacos 1096b), então a dyas está associada com o kakon (ibid. 1106b, 29). Aristóteles faz várias tentativas para identificar um princípio material em Platão (ver hyle): na Metafísica 987b e 988a ele é a dyas e, finalmente, em 1081a e 1099b, a díade indefinida (aoristos dyas). O próprio Platão pode ter usado a expressão, mas não nos diálogos; talvez na sua lição «Sobre o Bem» (ver Alexandre de Afrodísias, In Metafísica 55; Simplício, In Physica 453-455; e agrapha dogmata). Pelo Phil. 23c-26d sabemos que Platão usou o apeiron como uma arche, e Aristóteles conjectura na Physica III, 206b que a razão pela qual o «indeterminado» é duplo é o fato de ser um espectro não limitado em cada uma das direções. O próprio sucessor de Platão, Espeusipo, identificou-o com a pluralidade (Aristóteles, Metafísica 1087b); ver arithmos. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)
Aristóteles que se apoia sobre as doutrinas não escritas de Platão, lhe atribui uma doutrina do Uno e da Díade indefinida como princípios de onde derivam as Formas e os números ideias, e critica os platônicos de terem feito do Bem um predicado do Uno. (Notions Philosophiques)