exousia

exousia: “liberdade de escolha”, “direito”, “poder”, “autoridade”, “poder para governar”, “portador de autoridade”; exousiazo: “ter o direito da autoridade”, “exercer autoridade”; katexousiazo: “exercer autoridade sobre”, “abusar de autoridade oficial”, “tiranizar”; exesti: 3a. pess. sing. do vb. depoente exeimi, que é usado impessoalmente no sentido de “ser permitido”, “ser possível’, apropriado ou até lícito”.

No NT, exousia aparece 108 vezes, mais frequentemente no Apocalipse, em Lucas e em 1 Coríntios. Emprega-se no sentido secular, com o significado de “poder para dar ordens” (Mt 8:9 par. Lc 7:8; Lc 19:17; 20:20); num sentido concreto, significa “jurisdição” (Lc 23:7); e, no plur., “oficiais”, “autoridades” (Lc 12:11; Tt 3:1). Em Rm 13:1 as “autoridades que existem (exousiais hyperechousais)”, bem como os “magistrados (archontes)” no v. 3, devem ser entendidos como “oficiais do estado” e não (conforme sugerem alguns) “poderes angelicais”.

É uma característica do NT que tanto exousia quanto dynamis se relacionam com a obra de Cristo, com a consequente nova ordenação da estrutura do poder cósmico, e com o revestimento de poder recebido pelos crentes. As duas palavras aparecem juntas em Lc 9:1. exousia não se atribui ao dom do Espírito; enquanto a dynamis de Jesus fundamenta-se no fato de Ele ser ungido, Sua exousia se fundamenta no fato de Ele ser enviado, exousia é aquele “poder”, “autoridade” e “liberdade de ação” que pertence: (1) ao próprio Deus; (2) a uma comissão nos últimos dias; e (3) a um cristão na sua existência escatológica. (Excertos do “Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento”, de Coenen & Brown)