hyle

gr. ὕλη, hýle, hylê = matéria. Latim: matéria. Derivado: hylikós: material. Substância indeterminada comum aos corpos: uma árvore, um móvel e uma bengala têm como matéria comum a madeira. A abstração chega a imaginar uma matéria indiferenciada, que não é nem madeira, nem pedra, nem metal, mas uma realidade sensível de que são feitas todas as coisas. [Gobry]


A palavra matéria [[“Obviamente, in confronto con l’Uno, con lo Spirito e con l’Anima, la matéria non può essere concepita come una própria ‘ipostasi’, giacché ad essa non spetta per se stessa né un essere delimitato identificabile né una forma analoga alie altre forme specifiche, o una azione autooriginaria” (BEIERWALTES, op. cit., p. 44).]] Plotino a entende de três maneiras:

1) como kosmos noetos, no Noûs, é denominado matéria inteligível;

2) como matéria invisível, sem grandeza e, por conseguinte, imperceptível pelos sentidos, traduzida como subjectum quoddam et susceptaculum specierum [[“La matéria es concebida fundamentalmente como privación, pura potencialidad informe, no ser, sustrato y receptáculo de formas, impasible, sólo aprehensible por médio de un ‘razionamiento bastardo’” (SANTA CRUZ, Maria Isabel, op. cit., p. 17). Contrariamente ao Uno que é perfeitíssimo, a matéria apresenta-se negativa, como pólo oposto à primeira hipóstase. Dir-se-ia que a matéria sensível constitui a última franja do ser para além do qual nada mais existe.]] por Ficino;

3) como mundo corpóreo (material), sensível, que é uma cópia, ou seja, uma imagem – “a mais bela imagem do mundo inteligível” [En. II, 9, 4, 27]. [Ullmann]


La thèse selon laquelle la matière est sans qualité est fréquemment répétée dans les traités ; voir notamment les mentions qu’en fait le traité 12 (II, 4, 7.11, 8.1-2, 13.7, 14.29). Les stoïciens disaient de la matière qu’elle est « sans qualité » (SVF I, 85 et II, 309) : elle est un principe passif et indéterminé, qui reçoit l’ensemble de ses déterminations (corporelles) du principe actif et rationnel qui lui est immanent. Dans la présentation qu’il donne de la physique stoïcienne, Cicéron le souligne (voir surtout Académiques, I, 27). G. Reydams-Schils a reconstitué l’histoire et l’évolution stoïcienne et platonicienne du concept de matière dans Demiurge and Providence. Stoic Readings of Plato’s Timaeus, p. 127-132, puis 189-196. Le médioplatonisme conserve cette définition stoïcienne de la matière sans qualité (on la trouve ainsi chez Alcinoos, dans son Didaskalikós (ou Enseignement des doctrines de Platon), chapitre VIII de l’édition de J. Whittaker (Paris, Les Belles Lettres, 1990). [->art5375]


La matière se borne à avoir des affections, à subir, comme le disent les stoïciens. [->art5375]


La matière dont le traité 51 (I, 8) dira qu’elle est la cause des maux (voir, supra, note 31, p. 86). [->art1233]


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