kathólou: universal
1. Kathólou é um termo técnico de Aristóteles, embora seja evidente a sua evolução em Platão (cf. Ménon 27a, Republica 392d-e). Aristóteles define o universal no De interp. 17a como «aquilo que pela sua natureza é capaz de ser predicado de vários objetos», v. g. «homem» é um universal, Cálias é um singular. É frequentemente identificado com o gênero (ver genos; Meta 1049b, 1038b-1039). Aristóteles, especificamente, rejeita a pretensão do universal ser a substância e, contudo, nos Anal. post. e noutras obras insiste em que só o universal pode ser definido (Metafísica 1036a), e é o verdadeiro objeto da ciência (episteme; Anal. post. I, 87b-88a; De anima II, 417b). Aristóteles criticou severamente Platão por hipostasiar (hipostasis) os universais (Metafísica 1086a-1087a): Sócrates, porém, não cometeu este erro (ibid. 1078b).
Para a percepção do universal em Epicuro, ver prolepsis; para a possibilidade de «um universal concreto», gnorimon. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)