lógoi spermatikoí: razões seminais, rationes seminales
Os logoi spermatikoi estóicos, que são designados para explicar tanto a pluralidade como a teleologia num sistema monístico, parecem ser modelados segundo o eidos aristotélico no seu papel de physis. O logos considerado como uma entidade unificada contém dentro de si, em analogia com o esperma animal, os poderes de crescimento dos exemplares de todos os indivíduos (SVF II, 1027; D. L. VII, 135). Estes logoi individuais são imperecíveis (SVF II, 717), i. é, sobrevivem à conflagração cíclica (ekpyrosis) que consome o kosmos e são as sementes do kosmos seguinte (ibid. I, 497). A despeito do seu caráter paradigmático são mais aristotélicos do que platônicos pelo fato de serem imanentes à matéria (ibid. II, 1074). Desempenham também um papel importante em Plotino: residem na psyche (Enéadas II, 3, 14; IV, 3, 10) onde são a causa do seu movimento (ibid. IV, 3, 15); os logoi contêm todos os pormenores do ser (ibid. III, 2, 1) e são as razões pelas quais os indivíduos diferem (ibid. IV, 4, 12); sendo eles próprios inextensos, são individualizados só pela matéria em que inerem (ibid. IV, 9, 5).
Para o seu desenvolvimento no sentido de poderes ocultos, ver dynamis. [Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters]