me on

mê on: não-ser ver on. (Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters)


ón / me on: o não-ser. Latim: nihil, nihilum.

Termo inaugurado por Parmênides e depois confrontado por Górgias, Platão e Aristóteles com a noção de ser. ón / on (v. essa palavra).Também se encontra ouk ón / ouk on (Gobry)


O ser é, o não-ser não é. O aforismo parmenidiano não era uma tese de ontologia, ela abria um caminho, aquele da verdade, distinguindo de uma outra via, aquela do erro onde o não-ser é necessário. Não se trata senão de afirmar um conceito em relação dele mesmo, em dispondo o ser do ser e o não-ser do não-ser. Ninguém se aventuraria a traduzir esta odologia em uma ontologia, a fortiriori em uma negontologia: o não-ser não nadifica, não abre abismo sob nossos passos, não tem valor senão opositivo. Conduzindo a dizer do ser que ele não é e do não-ser ao não-ser retira a este toda possibilidade. Falta de se fundar sobre um nada, o não-ser não representa senão a negação do ser, único real, negação segunda em relação à afirmação daquilo que é. (Notions Philosophiques)


Não é nada senão quando se reconhece à negação uma positividade; não que a negação engendra o nada à dispensa do ser, mas ela o revela como já aí estando, anterior ao ser, e, sem dúvida, mais fundamental que ele.

O ser é, o não-ser não é. O aforismo parmenidiano não era uma tese de ontologia, abria um caminho, aquele da verdade, o distinguindo de uma outra via, aquela do erro onde o não-ser é necessário. Só se trata de afirmar um conceito a respeito dele mesmo, colocando o ser do ser e o não-ser do não-ser. Ninguém atreveria traduzir esta odologia em uma ontologia, a fortiori em uma negontologia: o não-ser não nadifica, não abre abismo sob seu nossos passos, só tem valor opositivo. Levando a dizer do ser que não ele não é e do não ser que ele é, o caminho do erro, barrado de contradições, leva àquele da verdade, onde a atribuição do ser ao ser e do não-ser ao não ser retira deste toda possibilidade. Na falta de se fundar sobre um nada, o não-ser não representa senão a negação do ser, único real, negação segunda em relação à afirmação daquilo que é. (Notions philosophiques)

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