metaxu

metaxú: intermediários

1. No ponto de vista platônico da realidade há uma classe de «intermediários» que vêm entre as Formas (eide) e as coisas particulares, sensíveis (aistheta). Como os eide são eternas e imutáveis, mas diferentemente das Formas são múltiplas (Aristóteles, Metafísica 987b). Esta classe, que representa os objetos das ciências da matemática e geometria, abrange tanto os números matemáticos como as extensões geométricas (ibid. 991b, 997b; ver mathematika). Assim também em Aristóteles. A única base para a existência da classe geral dos metaxu nos próprios diálogos platônicos é a referência às formas múltiplas no Fédon 74c e Parm. 129b. A existência dos números matemáticos é, contudo, afirmada de um modo bastante mais veemente (ver mathematika).

2. O «intermediário» real no sistema platônico é a doutrina posterior platônica da psyche; ver a importante admissão da vida, da alma e do nous no mundo do quase-ser no Soph. 248e-249d, e a notável descrição da psyche (Timeu 90a-d) que «nos leva da terra ao céu»; isto, evidentemente, é aceite por Aristóteles (para a sua evolução, ver psyche 29, 35).

Sobre a questão de um médium (metaxu) para a sensação, ver aisthesis, sympatheia. [Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters]