gr. νοητός, noeton = inteligível. A realidade inteligível inclui não somente a alma mas também outras entidades. Enquanto entidades, inteligíveis, são dão na multiplicidade sem se dividirem, por uma “misteriosa” relação entre inteligível e sensível, examinada em . (O’Meara, 1995)
gr. noeton = capaz de ser compreendido pelo intelecto; o objeto do intelecto, o inteligível (contrário de aistheton = o sensível).
Contrariamente a Platão, os inteligíveis encontram-se no Intelecto e não num mundo à parte. E mais. Há perfeita coincidência entre o Noûs e o inteligível (Cf. ), entre o ato de conhecimento e o objeto de conhecimento. Estamos, aqui, ante o máximo esplendor da verdade, ante a plena coincidência entre o sujeito e o objeto[[O Noûs conhece os inteligíveis como conhece a si mesmo. Não há intermediário. “L’erreur ne peut donc se glisser. Rien de plus vrai que la vérité même. Or, le Noûs est la vérité” (ARNOU, René, Le désir de Dieu dans la philosophie de Plotin, 2. ed. (Rome, 1967), p. 29).]]. (Excertos de “Plotino, um estudo das Enéadas”, de R. A. Ullmann)
No início do Tratado 20 — aquele que Porfírio situa, sob o título “Da Dialética”, quase no início das , — respondendo à questão prévia de uma “arte” ou de um “método” requerido para chegar ao termo da caminhada para o que Platão chama o “Bem”, Plotino situa a meio caminho o “inteligível” (gr. noetikon) feito de uma multiplicidade de ideias ou de noções, etapa decisiva que superarão somente os sábios capazes de tocar a ponta suprema onde tudo nada mais é que um. (Maurice de Gandillac)
No Tratado 49 () a respeito da geração da Inteligência, tendo nela os inteligíveis, Plotino retoma afirmações já encontradas: estas realidades vêm do Uno, mas o Uno nada é disto que elas são. Ele afirma no entanto que a geração da Inteligência pelo Uno não é o resultado de um esforço (prothymia, prothymein) que seria o fato de um ser imperfeito: nenhum objeto inspira ao Uno desejo. Antes de engendrar a Inteligência ele está em repouso. Mas seu ato flui dele como uma luz do sol e é assim que procede dele toda a natureza inteligível. Ele se mantém no topo desta natureza e reina sobre ela. Ele não conhece portanto o que vem dele ().
With this noûs, or Divine-Mind or Divine-Intellection, or Divine-Intellectual-Principle, begins the existence of Plurality or Complexity, or Multiplicity: the Divine Mind contains, or rather is, ta noeta = the Intellectual-Universe or Intelligible Universe, often known as The Intelligible or The Intelligibles. (Stephen MacKenna)
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