A figura estoica da consciência que se refere à apropriação a si mesmo. A oikeiosis é, com efeito, a relação imediata de todo animal a seu corpo próprio, relação dada desde o nascimento sob a forma ao mesmo tempo de uma autopercepção e de uma impulsão a se conservar. Esta consciência encarnada se distingue no entanto da consciência aristotélica no sentido que é imediata, e não dependente da percepção do objeto exterior. Hierocles se opõe a princípio explicitamente a estes adversários que pensam que a sensação tem então a função de dar a perceber a exterioridade: a aisthesis, para ele, é então reflexiva, equivalente à synaisthesis. A oikeiosis estoica se dá portanto como uma reflexividade imediata, continua, que, longe de acompanhar a percepção externa, é a condição desta, mas através da qual o sujeito não se percebe senão como um sujeito sentindo, e agindo (e que, por esta razão, é comum ao homem e ao animal). [Pierre Hadot]
oikeiosis
- Artesão (Hadot)
- Exegese (Hadot)
- Hadot (Enéada III, 5, 8, 17-19) – Afrodite
- Hadot (Enéada III, 5, 8, 6-11) – Zeus e Afrodite
- Hadot (Enéada III, 5, 9, 1-6) – Poros
- Hadot (Enéada III,5,9,6-23) – O Jardim de Zeus e o néctar
- Hadot (Enéada III,5) – “o que é voltado para si é forma”
- Hadot (Enéada III,5) – a linguagem mítica
- Hadot (Enéada III,5) – amor puro, mixto e desviado
- Hadot (Enéada III,5) – elementos míticos ao redor da alma (Afrodite)