Parm. 160b-163b: Uno — Negação Relativa — Hipóteses e Consequências

A Hipótese Negativa

Negação Relativa

Sexta hipótese: o Uno não é; no entanto, é objeto de pensamento

Muito bem. E agora, na hipótese de não existir o Uno, não teremos de examinar que consequências decorrem disso?

É o que precisaremos fazer.

Que significa, então, este pressuposto: Se o Uno não existe? Será diferente nalgum ponto seguinte: Não-um não é?

O contrário, em toda a linha.

E se alguém disser: A grandeza não é, ou A pequenez não é, ou qualquer coisa do gênero, não é evidente que de cada vez se determina a não existência de uma coisa diferente?

Sem dúvida.

Sendo assim, no presente caso, quando alguém diz: Se o Uno não existe, é evidente que se refere à não existência de algo diferente das outras coisas, tornando-se-nos perfeitamente compreensível o que esse alguém quer dizer.

Sim, compreensível.

Em primeiro lugar, sempre que essa pessoa mencionar o Uno, refere-se a algo que pode ser conhecido e, ademais, diferente das outras coisas, quer lhe acrescente o ser, quer o não-ser, pois não deixamos, com isso, de saber o que seja essa coisa que dizemos não existir, e também que ela difere de todas as outras. Ou não?

Necessariamente.

Retomemos do começo nossa hipótese, Se o Uno não é, e consideremos suas consequências. Inicialmente, teremos de conceder-lhe, ao que parece, que é objeto do conhecimento, pois de outra forma não se poderia entender o que significa dizer-se Se o Uno não é.

Certo.