A alma enquanto palavra da Inteligência, é dela a expressão e certa atividade. Mas a palavra emitida pela Alma é obscura, a imagem sendo menos clara que o modelo; ela se torna mais luminosa quando a Alma olha para a Inteligência, assim como esta última olha para o Uno para ser Inteligência. Nada há que as separe: “Toda coisa deseja o que a engendrou; quando o genitor é o melhor, o engendrado é necessariamente com ele, dele é separado somente por sua alteridade” (Eneada-V, 1, 6). Sendo imagem da Inteligência, a Alma lhe é necessariamente inferior: indefinida por ela mesma, ela é definida pela Inteligência. Ela é ao mesmo tempo uma palavra e uma substância, o que é pensado discursivamente (dianooumenon); ela mantém de um lado à Inteligência, se preenche dela, dela desfruta, aí participa e pensa, e por outra parte ela toca em tudo o que sai da Inteligência e ela engendra seres que lhe são inferiores (Eneada-V, 1, 7).