Ação

poiein, praxis, ergon, energeia

Nos Tratados 42, 43 e 44 Plotino trata dos gêneros do ser, abordando as categorias aristotélicas e estoicas, e apresentando sua proposição de categorias. Entre as categorias tratadas encontra-se a “ação” ou o “agir” (to poiein) e o padecer (to paskhein). Plotino consagra oito capítulos do Tratado-42, capítulos 15-22. Criticando certa imprecisão em Aristóteles, Plotino acha mais conveniente quando se aborda a categoria do agir, falar de “atividade”, a atividade segundo a qual um ser age.

Da atividade, Plotino avança naturalmente para o movimento (kinesis) que se encontra definido segundo Aristóteles na Física (III, 2, 201b31-32) como uma atividade incompleta, portanto ainda uma análise de uma espécie de atividade.


Para Brisson & Pradeau (2002 p.136), segundo Aristóteles, a atividade, que é uma espécie de movimento, pode ser de dois tipos: transitiva, quando ela visa um fim e uma realização exteriores, ela é uma produção (poiesis); em revanche, a atividade imanente, que é a ação propriamente dita (a praxis ou bem a energeia), tem seu fim nela mesma (Ética a Nicômaco VI,4).