Segundo Sorabji (2005, p;34), Alcino, o médio-platonista autor do Didaskalikos entre o primeiro e o segundo século dC, assume que Platão sustentava que mesmo a percepção de cor ou do colorido não é sem o tipo de razão que envolve opinião (doxastikos logos), enquanto a discriminação do mel é por este tipo de razão. A opinião em Alcino, seguindo o Teeteto (Teet:190e|190e-196c) é um poder de reconhecimento. Foi subsequentemente acordado que corpos são reconhecidos pela opinião (Proclo) ou pela razão opinativa (Prisciano).
Como pode ser que a cor e o colorido sejam percebidos “não sem a ajuda do doxastikos logos”, dado que Alcino afirma em 154,40-155,5 que doxastikos logos é ele mesmo derivado das percepções dos sentidos? A resposta parece ser dada na mesma passagem. Doxastikos logos é necessário não para o simples ver, mas para “dizer dentro de nós mesmos Sócrates!, Cavalo!, Fogo!, em outras palavras para reconhecer, posto que isto nos requer conectar (suntithenai) novas percepções com antigas.
O reconhecimento de coisas como Sócrates, cavalo, fogo, ou mel é o mais demandante porque mel não é meramente cor ou colorido, mas um agregado (athroisma) que inclui também, por exemplo, o dulçor e o doce (baseado em Teeteto Teet:156d|156d-157c), pois doxastikos logos tem ainda mais conexão a fazer entre os membros do agregado.