O termo «autos» é empregado por Plotino de maneira substantivada como «si» ou «si mesmo», como o fez Platão no Alcibiades enquanto se questionava o que era justamente o «si mesmo» quando buscava obedecer a injunção délfica de se «conhecer a si mesmo». O si mesmo no homem, é a alma. Plotino enumera em Eneada-IV, 7, 1 duas possíveis definições da relação da alma e do corpo. A segunda é portanto aquela do Alcibiades (o corpo é o instrumento deste usuário que é a alma); a primeira é aquela de Aristóteles (que sustenta, principalmente no tratado Da Alma (II,1,412a6-22), que o corpo é para alma o que a matéria é para a forma. As duas definições conduzem à mesma conclusão, de sorte que não é necessário confrontá-las.
Si mesmo
- Igal: Tratado 2,8 (IV, 7, 8) (5) — Refutação da definição aristotélica da alma como «enteléquia»
- Igal: Tratado 2,9 (IV, 7, 9) — A alma é princípio de vida: ela tem o ser e a vida por ela mesma
- MacKenna: Tratado 2 (IV,7) – A imortalidade da alma
- MacKenna: Tratado 2,1 (IV,7,1) — Somos inteiramente ou parcialmente imortais?
- MacKenna: Tratado 2,10 (IV,7,10) — Mistura, associação ou combinação de alma e corpo
- MacKenna: Tratado 2,11 (IV,7,11) — A alma é imortal, indestrutível, indivisível e imutável
- MacKenna: Tratado 2,12 (IV,7,12) — A alma não é uma harmonia nem um acorde
- MacKenna: Tratado 2,13 (IV,7,13) — Enteléquia e alma
- MacKenna: Tratado 2,14 (IV,7,14) — A alma enquanto princípio auto-causal
- MacKenna: Tratado 2,15 (IV,7,15) — A alma é da família da natureza divina