Plotino aprofunda a distinção entre a poiesis ou produção interna, e praxis ou ação exterior. A natureza produz, o homem realiza ações: são duas formas de contemplação onde a segunda é atenuada. Plotino imagina dar a palavra à Natureza. — Porque produz tu? — Por que eu contemplo! Mas silenciosamente, de maneira imóvel e como adormecida. Permanecer em si mesmo é bem o caráter da poiesis; eis porque a contemplação (e a produção) natural é consciência de si. (Jean-Paul Dumont, Éléments d’histoire de la philosophie antique)