1b. Reconhecimento e juízo perceptivo – um processo ativo

Reconhecimento e juízo perceptivo formam um processo ativo que requer conceitos e projeção de conceitos

Os estoicos definem a razão (logos) como uma coleção de conceitos e preconceitos (ennoiai, prolepsis). Os neoplatonistas algumas vezes usam o plural, logoi, que em uso mais geral significa qualquer tipo de princípio racional, para conceitos, que têm de ser desdobrados ou projetados (proballein, proballesthai) com o propósito de juízo perceptivo (krinein, krisis), reconhecimento (gnorisis) e compreensão (synesis). A recepção de dados do mundo externo não é suficiente para este propósito, embora tenha sido debatido se os animais poderiam lidar com mais que isto. Se os conceitos projetados são empiricamente obtidos, como o doxastikos logos discutido em Alcino e Prisciano, ou se eles são conceitos inatos recolhidos à maneira da anamnesis de Platão, não é particularmente claro. Peter Lautner indicou que no Comentário ao Timeu de Proclo são os conceitos recolhidos, porque as distinções científicas aí estão sendo projetadas pelo pensamento discursivo (dianoia), e em Proclo está se seguindo o tratamento de conceitos recolhidos do Didaskalikos de Alcino. Mas seria interessante saber se a opinião (doxa) pode também projetar os conceitos (logoi) que Proclo diz que tem das perceptíveis, em seu Comentário ao Timeu.

Porfírio em Da Harmônica de Ptolomeu adiciona que a razão (logos) com seus conceitos pode corrigir imprecisões na informação sensória. Em outra parte é sugerido que em geometria nossos conceitos inatos podem ser usados para corrigir aqueles empiricamente obtidos.

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