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  • Fedro 227a-230e — Prólogo

    SÓCRATES: – Meu caro Fedro! Para onde vais e de onde vens? FEDRO: – Venho, caro Sócrates, da casa de Lísias, o filho de Céfalo. Vou dar um passeio além dos muros da capital. Estive lá sentado durante muitas horas, desde a madrugada. Obedecendo à prescrição do nosso amigo Acumeno, costumo passear fora dos muros,…

  • Fedro 248c-249b — Destino final das almas

    É uma lei de Adrástea: toda a alma que segue a de um deus, contempla algumas das Verdades: fica isenta de todos os males até nova viagem, e, se o seu voo continuar vigoroso, ela ignorará eternamente o sofrimento. Mas, quando não pode seguir os deuses, quando devido a um erro funesto ela se enche…

  • Fedro 248a-248c — Almas não divinas

    Essa é a vida dos deuses. A sorte das outras almas é porém esta: Elas tudo fazem para seguir os deuses, seu condutor ergue a cabeça para a região exterior e se deixam levar com a rotação. Mas, perturbadas pelos corcéis do carro, apenas vislumbram as realidades. Ora levantam, ora baixam a cabeça, e, pela…

  • Fedro 247b-247e — O lugar que é acima do céu

    As almas daqueles que chamamos imortais, logo que atingem a abóbada celeste aí se mantêm; movem-se em grandes círculos e podem então contemplar tudo o que fora dessa abóbada abarca o Universo. Nenhum poeta jamais cantou nem cantará a região que se situa acima dos céus. Vejamos, todavia, como ela é. Se devemos dizer sempre…

  • Fedro 246d-247b — A procissão celeste das almas

    A tarefa da asa consiste em conduzir o que é pesado para as alturas, onde habita a raça dos deuses. A alma participa do divino mais do que qualquer outra coisa corpórea. O que é divino é belo, sábio e bom. Dessas qualidades as asas se alimentam e se desenvolvem, enquanto todas as qualidades contrárias,…

  • Fedro 246a-246d — O mito do coche alado

    O caracterizá-la daria ensejo para divinos e longos discursos. Representá-la numa imagem já é coisa que se possa fazer num discurso humano de menores pretensões. A alma pode ser comparada com uma força natural e ativa, constituída de um carro puxado por uma parelha alada e conduzido por um cocheiro. Os cavalos e os cocheiros…

  • Fedro 245c-246a — A alma, sua imortalidade

    Nessas condições, o que desde logo é necessário fazer é indagar qual é a verdade acerca da natureza da alma, observar seus estados e obras, indagar se a sua natureza é divina ou humana. Partiremos do seguinte princípio: Toda alma é imortal, pois aquilo que se move a si mesmo é imortal. O que move…

  • Fedro 243e-257b — Segundo discurso de Sócrates

    SÓCRATES: – “Então imagina, encantador rapaz, que o discurso anterior foi proferido por Fedro, filho do mirrinúsio Pítocles, e o que eu agora pronunciarei, por Estesícoro, filho do himereu Eufemo. O início deve ser: não foi verídico este discurso ao dizer que, apesar de se ter um amante, é prudente conceder mais favores ao não-apaixonado,…

  • Fedro 242b-259d — Segunda Parte

    SÓCRATES: – Caro amigo! Quando quis atravessar o regato despertou em mim o “daimon” e manifestou-se o sinal costumeiro. Ele sempre me impede de fazer o que desejo. Pareceu-me ouvir uma voz que vinha cá de dentro e que não me permitia ir embora antes de oferecer aos deuses uma expiação, como se eu houvesse…

  • Fedro 241d-242b — Impossibilidade de continuar neste sentido

    Meu caro Fedro, eis tudo o que tenho a dizer. Nada a mais ouviras desta boca. Meu discurso está terminado. FEDRO: – Pois eu julgava que fosse apenas a metade. Supunha que fosses dizer outro tanto sobre o homem não apaixonado, demonstrando que se lhe devem conceder mais favores e expondo as vantagens que isso…

  • Fedro 237a-241d — Primeiro dicurso de Sócrates

    SÓCRATES: – A vós invoco, Musas! Pouco importa que vos chameis “sonoras” por causa da doçura do vosso canto ou que esse epíteto vos venha do musical povo dos lígios! Auxiliai-me no discurso que este ótimo homem me obriga a fazer, para que seu amigo, que já antes se lhe afigurava sábio, seja considerado mais…

  • Fedro 234c-237a — Crítica ao discurso de Lysias

    Que achas deste discurso, Sócrates? Não é ele belíssimo, tanto no conteúdo como na expressão? SÓCRATES: – Caro amigo, o discurso me pareceu excelente, e deixou-me entusiasmado. E se me fez tal impressão, meu querido Fedro, foi por tua causa: eu te olhava, e durante a leitura tu parecias iluminado pelo discurso. Convenci-me de que…

  • Fedro 230e-237a — Discurso de Lysias

    “Conheces os meus sentimentos, e como já me ouviste dizer, acredito que nos será proveitosa a realização deste desejo. Confio em que meu pedido não será feito em vão, pois não sou teu amante. Os amantes, de fato, ao saciarem a sua concupiscência arrependem-se das vantagens que ofereceram, ao passo que, para os que não…

  • Fedro 249b-249d — Reminiscência das Ideias

    A alma que não evoluiu e nunca contemplou a verdade não pode tomar a forma humana. A causa disso é a seguinte: a inteligência do homem deve se exercer de acordo com aquilo que se chama Ideia; isto é, elevar-se da multiplicidade das sensações à unidade racional. Ora, esta faculdade nada mais é que a…

  • Fedro (em português)

    VERSÃO ENCONTRADA NA INTERNET SEM MAIORES REFERÊNCIAS. Tradução de Alex Marins

  • Fedro:279b – Epílogo

    SÓCRATES.—Antes de marchar, dirijamos una plegaria a estos dioses. FEDRO.—Lo apruebo. SÓCRATES.—¡Oh Pan amigo y demás divinidades de estas ondas!, dadme la belleza interior del alma y haced que el exterior en mí esté en armonía con esta belleza espiritual. Que el sabio me parezca siempre rico; y que yo posea sólo la riqueza que…

  • Fedro:278e – Isócrates

    FEDRO.—¿Pero tú qué piensas hacer? Porque tampoco es justo que te olvides de tu amigo. SÓCRATES.—¿De quién hablas? FEDRO.—Del precioso Isócrates. ¿qué le dirás? ¿O qué diremos de él? SÓCRATES.—Isócrates es aún joven, mi querido Fedro; sin embargo, quiero participarte lo que siento respecto a él. FEDRO.—Veamos. SÓCRATES.—Me parece que tiene demasiado ingenio para comparar…

  • Fedro:277a – Retorno a Lysias e recapitulação

    SÓCRATES.—Ahora que ya estamos conformes en los principios, podemos resolver la cuestión. FEDRO.—¿Cuál? SÓCRATES.—Aquella cuyo examen nos ha conducido al punto que ocupamos, a saber: si los discursos de Lisias merecían nuestra censura, y cuáles son en general los discursos hechos con arte o sin arte. Me parece que hemos explicado suficientemente cuándo se siguen…

  • Fedro:275b – Ensinamento escrito e ensinamento oral

    FEDRO.—Mi querido Sócrates, tienes especial gracia para pronunciar discursos egipcios, y lo mismo los harías de todos los países del universo, si quisieras. SÓCRATES.—Amigo mío, los sacerdotes del santuario de Zeus en Dodona decían que los primeros oráculos salieron de una encina. Los hombres de otro tiempo, que no tenían la sabiduría de los modernos,…

  • Fedro:274b – A invenção da escrita: mito de Tot

    SÓCRATES.—Basta ya lo dicho sobre el arte y la falta de arte en el discurso. FEDRO.—Sea así. SÓCRATES.—Pero nos resta examinar la conveniencia o inconveniencia que pueda haber en lo escrito. ¿No es cierto? FEDRO.—Sin duda. SÓCRATES.—¿Sabes cuál es el medio de hacerte más aceptable a los ojos del dios por tus discursos escritos o…