Tag: Platão em português

  • Filebo (trad. em português)

    Versão eletrônica do diálogo platônico “Filebo” Tradução: Carlos Alberto Nunes Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia)

  • Fedro (em português)

    VERSÃO ENCONTRADA NA INTERNET SEM MAIORES REFERÊNCIAS. Tradução de Alex Marins

  • Fedro 227a-230e — Prólogo

    SÓCRATES: – Meu caro Fedro! Para onde vais e de onde vens? FEDRO: – Venho, caro Sócrates, da casa de Lísias, o filho de Céfalo. Vou dar um passeio além dos muros da capital. Estive lá sentado durante muitas horas, desde a madrugada. Obedecendo à prescrição do nosso amigo Acumeno, costumo passear fora dos muros,…

  • Fedro 230e-237a — Discurso de Lysias

    “Conheces os meus sentimentos, e como já me ouviste dizer, acredito que nos será proveitosa a realização deste desejo. Confio em que meu pedido não será feito em vão, pois não sou teu amante. Os amantes, de fato, ao saciarem a sua concupiscência arrependem-se das vantagens que ofereceram, ao passo que, para os que não…

  • Fedro 234c-237a — Crítica ao discurso de Lysias

    Que achas deste discurso, Sócrates? Não é ele belíssimo, tanto no conteúdo como na expressão? SÓCRATES: – Caro amigo, o discurso me pareceu excelente, e deixou-me entusiasmado. E se me fez tal impressão, meu querido Fedro, foi por tua causa: eu te olhava, e durante a leitura tu parecias iluminado pelo discurso. Convenci-me de que…

  • Fedro 237a-241d — Primeiro dicurso de Sócrates

    SÓCRATES: – A vós invoco, Musas! Pouco importa que vos chameis “sonoras” por causa da doçura do vosso canto ou que esse epíteto vos venha do musical povo dos lígios! Auxiliai-me no discurso que este ótimo homem me obriga a fazer, para que seu amigo, que já antes se lhe afigurava sábio, seja considerado mais…

  • Fedro 241d-242b — Impossibilidade de continuar neste sentido

    Meu caro Fedro, eis tudo o que tenho a dizer. Nada a mais ouviras desta boca. Meu discurso está terminado. FEDRO: – Pois eu julgava que fosse apenas a metade. Supunha que fosses dizer outro tanto sobre o homem não apaixonado, demonstrando que se lhe devem conceder mais favores e expondo as vantagens que isso…

  • Fedro 242b-259d — Segunda Parte

    SÓCRATES: – Caro amigo! Quando quis atravessar o regato despertou em mim o “daimon” e manifestou-se o sinal costumeiro. Ele sempre me impede de fazer o que desejo. Pareceu-me ouvir uma voz que vinha cá de dentro e que não me permitia ir embora antes de oferecer aos deuses uma expiação, como se eu houvesse…

  • Fedro 243e-257b — Segundo discurso de Sócrates

    SÓCRATES: – “Então imagina, encantador rapaz, que o discurso anterior foi proferido por Fedro, filho do mirrinúsio Pítocles, e o que eu agora pronunciarei, por Estesícoro, filho do himereu Eufemo. O início deve ser: não foi verídico este discurso ao dizer que, apesar de se ter um amante, é prudente conceder mais favores ao não-apaixonado,…

  • Fedro 245c-246a — A alma, sua imortalidade

    Nessas condições, o que desde logo é necessário fazer é indagar qual é a verdade acerca da natureza da alma, observar seus estados e obras, indagar se a sua natureza é divina ou humana. Partiremos do seguinte princípio: Toda alma é imortal, pois aquilo que se move a si mesmo é imortal. O que move…

  • Fedro 246a-246d — O mito do coche alado

    O caracterizá-la daria ensejo para divinos e longos discursos. Representá-la numa imagem já é coisa que se possa fazer num discurso humano de menores pretensões. A alma pode ser comparada com uma força natural e ativa, constituída de um carro puxado por uma parelha alada e conduzido por um cocheiro. Os cavalos e os cocheiros…

  • Fedro 246d-247b — A procissão celeste das almas

    A tarefa da asa consiste em conduzir o que é pesado para as alturas, onde habita a raça dos deuses. A alma participa do divino mais do que qualquer outra coisa corpórea. O que é divino é belo, sábio e bom. Dessas qualidades as asas se alimentam e se desenvolvem, enquanto todas as qualidades contrárias,…

  • Fedro 247b-247e — O lugar que é acima do céu

    As almas daqueles que chamamos imortais, logo que atingem a abóbada celeste aí se mantêm; movem-se em grandes círculos e podem então contemplar tudo o que fora dessa abóbada abarca o Universo. Nenhum poeta jamais cantou nem cantará a região que se situa acima dos céus. Vejamos, todavia, como ela é. Se devemos dizer sempre…

  • Fedro 248a-248c — Almas não divinas

    Essa é a vida dos deuses. A sorte das outras almas é porém esta: Elas tudo fazem para seguir os deuses, seu condutor ergue a cabeça para a região exterior e se deixam levar com a rotação. Mas, perturbadas pelos corcéis do carro, apenas vislumbram as realidades. Ora levantam, ora baixam a cabeça, e, pela…

  • Fedro 248c-249b — Destino final das almas

    É uma lei de Adrástea: toda a alma que segue a de um deus, contempla algumas das Verdades: fica isenta de todos os males até nova viagem, e, se o seu voo continuar vigoroso, ela ignorará eternamente o sofrimento. Mas, quando não pode seguir os deuses, quando devido a um erro funesto ela se enche…

  • Fedro 249b-249d — Reminiscência das Ideias

    A alma que não evoluiu e nunca contemplou a verdade não pode tomar a forma humana. A causa disso é a seguinte: a inteligência do homem deve se exercer de acordo com aquilo que se chama Ideia; isto é, elevar-se da multiplicidade das sensações à unidade racional. Ora, esta faculdade nada mais é que a…

  • Fedro 249d-250a — O delírio do amor

    Depois de tudo o que dissemos, chegamos à quarta espécie de delírio: ocorre quando alguém neste mundo vê a beleza. Recorda-se este da beleza verdadeira, recebe asas e deseja voar para o alto; não o podendo, porém, volta seu olhar para o céu esquecendo os negócios terrenos e dando desse modo a saber que está…

  • Fedro 250a-252c — Ação especial da beleza

    Pois bem: os arremedos humanos da justiça e da sabedoria, e todas as outras qualidades da alma, não têm fulgor nas suas imagens terrestres e, observando-as com sentidos fracos, somente poucos, e com dificuldade, reconhecem, nessas imagens, o modelo daquilo que representam. Mas a beleza era visível em todo o seu esplendor quando, na corte…

  • Fedro 252c-254e — Retorno ao mito do coche alado

    No princípio do mito dividi cada alma em três partes, sendo dois cavalos, e a terceira, o cocheiro. Assim devemos continuar. Dissemos que um dos cavalos é bom e o outro não. Esclareçamos agora qual é a virtude do bom e a maldade do outro. O cavalo bom tem o corpo harmonioso e bonito; pescoço…

  • Fedro 254e-256a — Psicofísica do amor

    Entretanto, o jovem que se vê mimado e honrado como um deus pelo seu amante, tem desperta em si a necessidade de amar. Se antes, os seus amigos ou outras pessoas lhe denegriram esse sentimento, afirmando ser vergonhoso tal consórcio amoroso, e se esses conselhos o afastaram do seu amante, o tempo que passa, a…