theologike

Diz-se ter sido Pitágoras o criador do vocábulo grego philosophos, composto de philos, philein (“amigo”, “amar”) e sophos, sophia (“sábio”, “sabedoria”) e significando, pois, “amigo da sabedoria”. Originalmente, tinha fortes matizes religiosos e éticos (que persistem no Fédon, de Platão). Mas para Aristoteles philosophia é equivalente a episteme (“conhecimento racional”). Em Platão, philosophos contrasta com sophistes, que originalmente caracterizava qualquer pessoa de grandes realizações científicas mas veio mais tarde a referir-se aos professores profissionais do Iluminismo grego, a quem Sócrates e Platão desprezavam, e assim adquiriu o sabor de “sofisticação” ou pseudo-filosofia. Mas philosophia não contrasta, nesta fase, com outros ramos do conhecimento. Aristoteles divide-a, ou divide episteme, em três ramos: praktike (isto é, ética e política), poietike (isto é, produtiva, especialmente de poemas) e theoretike. A filosofia teórica está, por sua vez, dividida em prote philosophia ou theologike (“primeira filosofia, teologia”, a qual estuda tanto as substâncias divinas quanto as características gerais de todos os seres como tais), física (incluindo cosmologia e psicologia) e matemáticas. Os estoicos dividiram a filosofia em física, ética e lógica.