Plotino – Tratado 20,5 (I, 3, 5) — Origem e valor da dialética.

Tradução desde Mackenna

5. Mas de onde esta ciência deriva suas próprias leis iniciais?

O Princípio-Intelectual fornece padrões, o mais certo para qualquer alma que é capaz de aplicá-los. o que mais é necessário, a Dialética reúne para si mesma, combinando e dividindo, até que tenha alcançado a Intelecção perfeita. “Pois”, lemos, “é a mais pura (perfeição) da Intelecção e da Sabedoria-Contemplativa”. E, sendo o método e ciência mais nobres que existem deve necessariamente lidar com a Existência-Autêntica, a Mais Alta que há: como Sabedoria-Contemplativa (ou conhecimento verdadeiro) lida com o Ser, como Intelecção com o que transcende o Ser.

O que então é a Filosofia?

A Filosofia é o supremo precioso.

É a Dialética, então, o mesmo que a Filosofia?

É a parte preciosa da Filosofia. Não devemos considerá-la como mero instrumento do metafísico: o Dialético não consiste de cruas teorias e regras: lida com veracidades; Existências são, como tal, Matéria para ela, ou pelo menos ela procede metodicamente para Existências, e possui ela mesma, a um passo, das noções e das realidades.

Inverdade e sofisma ela conhece, não diretamente, não por sua própria natureza, mas meramente como algo produzido fora de si mesma, algo que reconhece ser estranho as verdades depositadas em si mesma. A Dialética, quer dizer, não tem conhecimento de proposições — coleções de palavras — mas conhece a verdade,e , neste conhecimento, conhece o que as escolas denominam suas proposições: conhece acima de tudo, a operação da alma, e, em virtude deste conhecimento, conhece, também, o que é afirmado e o que é negado, se a negação é do que é afirmado ou de algo outro, e se as proposições concordam ou diferem; tudo que é submetido a ela, ataca com a objetividade da percepção dos sentidos e deixa precisões insignificantes do processo para o que outra ciência possa se interessar em tais exercícios.

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