Tratado 24 (V, 6) – Sobre o fato de que aquilo que é além do ser não se intelectualiza

Plotin Traités 22-26. Dir. Trad. Luc Brisson e Jean-François Pradeau. GF-Flammarion, 2004


O objeto deste tratado é de dissociar a excelência do princípio da atividade de pensar. O que pensa, ou mesmo o que se pensa, não pode mais pretender ao nível de realidade mais perfeita e mais eminente. É a teologia aristotélica que a mais diretamente visada por uma tal tese: no livro lambda da Metafísica, Aristóteles define com efeito a contemplação de deus por ele mesmo como “o que é o mais agradável e o melhor” (9, 1074b16). Trata-se precisamente para Plotino de destituir o Intelecto aristotélico de sua primazia para substituir o Uno, único princípio absolutamente perfeito, porque purificado de toda intelecção. Esta destituição do Intelecto representa um dos gestos inaugurais que abrem a história do neoplatonismo: em nenhum outro lugar com efeito no médio platonismo anterior não era afirmada com uma clareza e uma radicalidade tão pronunciadas quanto neste tratado a superioridade do primeiro princípio em relação toda forma de pensamento.


A seguir versões em inglês, francês e espanhol do tratado. Para uma apresentação mais detalhada do tratado, por parágrafo ou capítulo, com comentários visite Eneada-V-6.

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