Tratado 37 (II, 7) – Sobre a mistura total

Plotin Traités 30-37. Dir. Trad. Luc Brisson e Jean-François Pradeau. GF-Flammarion, 2006


Plotino refutou a doutrina estoica da mistura total desde o Tratado-2, quando atacou a doutrina estoica segundo a qual a alma é um corpo. Demonstrando que os corpos não podem se misturar totalmente uns aos outros, como o faz a alma com o corpo, Plotino entende provar que a alma não pode ser um corpo. Alega contra a mistura total que a interpenetração completa de dois corpos implicaria a igualidade das massas entre o corpo maior e o corpo menor, o que é absurdo. Além do mais, posto que cada parte de um corpo se mistura a outra sem que subsista intervalos livres, a mistura total supõe que os corpos são divisíveis ao infinito, quer dizer divisíveis não somente em potência, mas também em ato, o que é impossível. Estas duas objeções são retomadas neste tratado.

Neste tratado, Plotino opõe à doutrina da mistura total três objeções de origem peripatética: se dois corpos se penetram totalmente, eles se dividirão completamente e morrerão; um crescimento se produz em vários casos de mistura; como um pequeno corpo pode se estender ao conjunto de um corpo maior?


A seguir versões em inglês, francês e espanhol do tratado. Para uma apresentação mais detalhada do tratado, por parágrafo ou capítulo, com comentários visite Eneada-II-7.