Plotino – Tratado 53,3 (I, 1, 3) — O corpo como instrumento da alma. Alma e corpo entrelaçados.

traduzindo MacKenna

3. Podemos tratar da Alma como no corpo – seja acima ou dentro deste – posto que a associação dos dois constitui aquilo que se denomina organismo vivo, o Animado.

Agora desta relação, da Alma usando o corpo como um instrumento, não decorre que a Alma deve compartilhar as experiências do corpo: um homem não sente ele mesmo todas as experiências dos instrumentos com o qual trabalha.

Pode se objetar que a Alma deve, no entanto, ter Percepção-de-Sentido posto que seu uso de seu instrumento deve familiarizá-la com as condições externas, e tal conhecimento vem através do sentido. Assim, será argumentado, os olhos são o instrumento da visão, e a visão pode trazer aflição para alma: portanto a Alma pode sentir pesar e dor e qualquer outra afetividade que pertence ao corpo; e disto também brota o desejo, a Alma buscando a correção de seu instrumento.

Mas, perguntamos, como, possivelmente, podem estas afetividades passar do corpo para Alma? O corpo pode comunicar qualidades ou condições a outro corpo: mas – corpo para Alma? Algo acontece a A; isto faz que isso aconteça a B? Enquanto tivermos agente e instrumento, há duas entidades distintas; se a Alma usa o corpo ela está separada dele.

Mas aparte da separação filosófica como a Alma adere ao corpo?

Claramente há uma combinação. E para esta vários modos são possíveis. Pode haver uma coalescência completa: A Alma pode ser entretecida através do corpo: ou ela pode ser uma Forma-Ideal destacada ou uma Forma-Ideal em contato governativo como um piloto: ou poderia ser parte da Alma destacada e outra parte em contato, a parte disjunta sendo o agente ou usuário, a parte conjunta classificada com o instrumento ou coisa usada.

Neste último caso será a dupla tarefa da filosofia dirigir esta Alma inferior em direção da superior, o agente, e exceto tanto quanto a conjunção seja absolutamente necessária, separar o agente do instrumento, o corpo, de maneira que ela não necessite para sempre ter seu Ato com base e através deste inferior.

traduzindo Bréhier

Igal

Bouillet

Bréhier

Guthrie

MacKenna

  1. Plotino pasa ahora a estudiar la segunda hipótesis (caps. 3-4): el alma en el cuerpo en el sentido platónico (Alcibíades I 129 e-130 a) de «usuaria del cuerpo» y, por tanto, mezclada de uno u otro modo con él.[]
  2. Cita del Fedro platónico (246 c 5).[]
  3. Cita del Timeo (36 e 2).[]
  4. Esta parte separada es la que se vale, entiéndase, no del cuerpo (puesto que, propiamente, la que se vale del cuerpo es la inferior, cf. VI 7, 5. 23-25), sino de la otra, de la inferior, mientras que esta otra tiene rango de instrumento de que se vale la superior.[]
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