Plotino – Tratado 53,5 (I, 1, 5) — O que é o vivente?

traduzindo MacKenna

5. Este Animado poderia ser meramente o corpo como tendo vida: poderia ser a Parelha de Alma e corpo: poderia ser uma terceira entidade formada de ambos.

A Alma por sua vez – aparte da natureza do Animado – deve ser ou impassível, meramente causando Percepção-de-Sentido em seu companheiro, ou simpatizante; e, se simpatizante, pode ter experiências idênticas com seu companheiro ou experiências meramente correspondentes: desejo por exemplo no Animado pode ser algo bastante distinto do movimento ou estado que o acompanha na faculdade de desejo.

O corpo, o corpo-vivo como o conhecemos, consideraremos mais tarde.

Vamos tomar primeiro a Parelha de corpo e Alma. Como poderia o sofrimento, por exemplo, estar assentado nesta Parelha?

Poderia ser sugerido que algum estado não bem-vindo produzisse uma angústia que alcançasse uma Faculdade-Sensitiva que por sua vez amalgamasse com a Alma. Mas este relato ainda deixa inexplicada a origem da sensação.

Outra sugestão poderia ser que tudo se deve à opinião ou juízo: algum mal parece ter caído sobre o homem ou seus pertences e esta convicção estabelece um estado de problema no corpo e no Animado por inteiro. Mas este relato ainda deixa um questão quanto à fonte e assento do juízo: pertence ele à Alma ou à Parelha? Além do mais, o juízo que o mal está presente não envolve o sentimento de pesar: o juízo poderia muito bem surgir e o pesar sem dúvida segui-lo: pode-se pensar a si mesmo com desprezo e ainda assim não estar indignado; e o apetite não é necessariamente excitado pelo pensamento de um prazer. Estamos, assim, nenhum pouco próximos do que antes de qualquer prova para prescrever estas afetividades à Parelha.

Seria uma explicação dizer que o desejo está investido em um Faculdade-de-desejo e indignação na Faculdade-Irascível e, coletivamente, que toda tendência está assentada na Faculdade-Apetitiva? Tal afirmação dos fatos não ajuda em direção às afetividades comuns à Parelha; elas ainda poderiam estar assentadas seja na só Alma ou só no corpo. Por outro lado se a o apetitivo for excitado, como na paixão carnal, deve haver um calor no sangue e na bile, um estado bem definido do corpo; por outro lado, o impulso para o Bem não pode ser uma afetividade conjunta, mas, como certas outras também, pertenceria necessariamente só a Alma.

A Razão, então, não nos permite prescrever todas as afetividades à Parelha.

No caso do desejo carnal, certamente será o homem que deseja, e no entanto, por outro lado, deve haver desejo na Faculdade-Desejante também. Como pode ser isto? Devemos supor que, quando o homem origina o desejo, a Faculdade-Desejante atende à ordem? Como poderia o Homem ter vindo a desejar a não ser através de uma atividade a priori na Faculdade-Desejante? Então é a Faculdade-Desejante que tem o comando? No entanto, como, a não ser que o corpo esteja primeiro na condição apropriada?

traduzindo Bréhier

Igal

Bouillet

Bréhier

Guthrie

MacKenna

  1. El «animal» de 5, 1 corresponde a la 3.a hipótesis de 1, 2-5 («algún tercero resultante de ambos»), pese a que hay cierta incongruencia aparente; allá la 3.a hipótesis se subdividía en dos (cf. n. 1), mientras que aquí se consideran tres sentidos posibles de «animal». Pero la incongruencia es sólo aparente. De hecho, el primer sentido de «animal» (= «el cuerpo específico») queda relegado para más adelante (cf. n. sig.). Quedan, pues, otros dos: 1) «el compuesto de alma y cuerpo», que corresponde a «la mezcla» de 1, 4 (= el animal en sentido aristotélico), tema del presente capítulo, y 2) «un tercero distinto resultante de ambos», que corresponde a «otra cosa distinta resultante de la mezcla» de 1, 4-5 (= el animal en sentido plotiniano), tema de los caps. 6-7.[]
  2. El «cuerpo específico» es sólo uno de los dos componentes del «animal» en sentido plotiniano; por eso queda relegado para más adelante (7, 1-6).[]
  3. La opinión mental que acompaña a los sentimientos de vergüenza, temor, ira y demás no conturba al alma misma (III 6, 3-4). Sobre la concepción de las pasiones en Plotino, cf. mi art. de Pensamiento, 337-340.[]
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