Neste tratado Plotino apresenta pela primeira vez de maneira sistemática sua teoria do primeiro princípio, segundo a qual deve-se admitir uma realidade absolutamente simples e rigorosamente “una” além do mundo inteligível e do Intelecto. A introdução deste princípio representa, como se sabe, a inovação filosófica fundamental que aporta Plotino à tradição platônica precedente, que estabelecia por sua parte um Intelecto “demiúrgico” no princípio de todas as coisas, em lhe dando por função “pensar” as Formas inteligíveis, estes “modelos” eternos a partir dos quais o Intelecto divino produz o mundo sensível. Mas é precisamente a constatação da multiplicidade e da pluralidade dos inteligíveis que conduz Plotino a dispor um princípio anterior e realmente simples, sustentando que a unidade é sempre anterior à multiplicidade que ela produz.
- Tratado 9,3 (VI,9,3) — A unidade verdadeira, o Uno (MacKenna)
- Tratado 9,4 (VI,9,4) — O Uno é além da ciência e do conhecimento intelectual (MacKenna)
- Tratado 9,5 (VI,9,5) — O Uno é absolutamente simples (MacKenna)
- Tratado 9,6 (VI,9,6) — Em que sentido se deve entender a unidade do Uno? (MacKenna)
- Tratado 9,7 (VI,9,7) — Para alcançar o Uno, a alma deve se voltar para ela mesma (MacKenna)
- Tratado 9,8 (VI,9,8) — A união com o Uno se realiza pela semelhança e a identidade com ele (MacKenna)
- Tratado 9,9 (VI,9,9) — A vida verdadeira é na união com o Uno (MacKenna)