Mais: sendo o que é, não está em parte alguma; não poderá estar nem noutra coisa nem em si mesmo.
Como assim?
Se estivesse em outro coisa, ficaria envolvido por aquilo em que se encontrasse, passando a ter, por conseguinte, inúmeros pontos de contacto com essa coisa. Ora, o que é uno e sem partes e não participa do círculo, de jeito nenhum poderá ter no seu contorno tantos pontos de contacto.
Impossível.
E também, se estivesse em si mesmo, só teria a si próprio como envoltório de si mesmo, pois só estaria em si mesmo, por não ser possível estar em algo sem ser envolvido.
Impossível, realmente.
Logo, uma coisa é o envolvente e outra o envolvido, pois, como tudo, não poderá atuar ao mesmo tempo como agente e como paciente; nessa hipótese, o Uno deixaria de ser um para ser dois.
Isso mesmo.
O Uno, por conseguinte, não está em parte alguma, nem em si mesmo nem no que quer que seja.
Não está, realmente.