Enéada V, 3 – A consciência de si mesmo, e o que está Acima

Plotin Traités 45-50. Traductions sous la direction de Luc Brisson et Jean-François Pradeau

Plano detalhado do Tratado

Cap 1: É necessário que o que se conhece a si mesmo seja múltiplo ou pode se tratar de uma realidade simples?
Cap 1, 1-12: O conhecimento de si implica que aquele que se conhece ele mesmo seja múltiplo?
Cap 1, 12-28: O conhecimento de si, para o Intelecto, coincide com o conhecimento dos inteligíveis que nele estão

Cap 2-4: A alma se conhece a ela mesma?
Cap 2, 1-20: As faculdades da alma
Cap 2, 21 a cap 3, 21: O intelecto da alma e o Intelecto “puro”
Cap 3, 21 a cap 4, 4: O pensamento discursivo da alma é o que “nós” somos verdadeiramente, enquanto podemos nos servir da sensação e ter acesso ao Intelecto “puro”
Cap 4, 4-31: A alma pode se conhecer ela mesma na medida que ela se conhece como um produto do Intelecto, remontando, a partir de sua faculdade discursiva, ao exercício do pensamento intelectivo

Cap 5-10: Como o Intelecto se conhece ele mesmo?
Cap 5, 1-48: O Intelecto se conhece ele mesmo não por meio de suas partes, mas em razão da identidade, nele, do que pensa, do que é pensado e do pensamento
Cap 6, 1 a cap 7, 12: O Intelecto que se pensa ele mesmo pode ao mesmo tempo contemplar seu princípio
Cap 7, 13 a cap 9, 2: O Intelecto é a mesma coisa que a atividade e a visão inteligíveis que lhe pertencem e que são idêntica a seus objetos inteligíveis
Cap 9, 2-22: A alma pode se liberar de tudo o que lhe faz obstáculo para remontar ao Intelecto que a engendrou; o Intelecto coincide com os inteligíveis que nele estão
Cap 9, 22 a cap 10, 52: A visão intelectual que o Intelecto tem dele mesmo implica na multiplicidade dos inteligíveis que nele estão; se houvesse uma realidade absolutamente simples, ela não teria portanto o conhecimento e a visão de si.

Cap 11-15: O Intelecto conhecente e pensante e o Uno além do conhecimento e do pensamento
Cap 11, 1-30: A gênese do Intelecto a partir do Uno: O Intelecto nasce como visão que vê seu princípio e que é assim determinada; esta visão que é o Intelecto, vendo o Uno, o vê como uma realidade que se tornou múltipla nela mesma
Cap 12, 1-44: O Uno é absolutamente simples e um, enquanto o Intelecto é múltiplo, pois ele é todas as suas atividades plurais que coincidem com os inteligíveis que possui e que pensa nela mesmo
Cap 12, 44 a cap 13, 36: Em razão de sua simplicidade absoluta, o Uno está além do conhecimento, do pensamento e do discurso, e não pode portanto ser nem sujeito nem objeto de conhecimento, de pensamento e de discurso.
Cap 14, 1-19: O único acesso possível ao primeiro princípio é aquele, puramente negativo, do discurso que se pronuncia sobre ele dizendo o que ele não é
Cap 14, 1-44: Nestas condições, como o Uno pode produzir o que dele vem, que é outro que ele e dependendo dele? O Uno “dá” o que ele não é, porque é “poder de todas as coisas”.

Cap 16-17: A condição do Uno e o acesso ao primeiro princípio
Cap 16, 1 a cap 17, 14: O Uno é superior ao Intelecto e à vida inteligível, e é por esta razão o Bem para as realidades que vêm após ele; é absolutamente suficiente a ele mesmo enquanto todas as realidades que vêm dele têm necessidade dele
Cap 17, 15-38: A alma não pode ter acesso ao Uno ao por meio de sua faculdade discursiva, pois esta não chega a apreender uma realidade simples e una; deve-se portanto a persuadir, como por uma “encantação”, a se liberar de tudo o que lhe faz obstáculo, para subir assim até seu princípio