aithêr: éter
Uma etimologia (fantasista) é dada em Platão, Crát. 410b. É a forma mais pura de aer (Fédon 109a-110b, Timeu 58d). Para Aristóteles constitui um quinto elemento (quinta essentia), movendo-se naturalmente em eterno movimento circular, a substância dos céus (De coelo I, 268b-270b). O «quinto elemento» aparece pouco depois também na Academia na Epinomis 984b de Filipe de Opus, onde lhe acresce a virtude de corresponder ao quinto «corpo platônico» (ver stoicheion). A presença do aither, com o seu «natural» (physei) movimento circular (De coelo I, 269b) conduz ainda Aristóteles ao abandono da teoria dos corpos celestes possuídos de almas; ver ouranioi. Cícero (citando Aristóteles) sugere que o nous é também composto de aither (Acad, post. I, 7, 26); ver zoon, stoicheion, kosmos, aphthartos; para o elemento material envolvido, ver hyle. [Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters]
As concepções do éter herdadas dos gregos — substância sutil, aparentada ao fogo, de natureza divina, e que preenche todo o universo — prevaleceu até o século XVII. [Notions Philosophiques]