Autoconsciência como sem conteúdo

Platão em path:/Carm-156a-168e|Cármides 167a-169c levanta dúvidas sobre a ideia que a temperança é conhecimento do que se conhece e não conhece. Ele permanece incerto se pode haver conhecimento de conhecimento (epistem epistemes) por causa de dúvidas sobre o caso análogo da visão. A visão não pode ser visão dela mesma e não de cor. Presumivelmente, tal visão não teria conteúdo, se a cor não estivesse incluída no conteúdo. Analogamente, conhecimento de conhecimento seria sem conteúdo.

Uma solução, aristotélica em espírito, ao problema de Platão seria que, quando estamos conscientes de ver, percebemos que percebemos cor. Assim a cor não está excluída de modo algum, no modo de Platão, do conteúdo da autoconsciência.

Aristóteles acredita que uma intelecto desencorporado pensa a si mesmo. Mas em uma interpretação do que ele significa, ele evitaria a dificuldade do pensamento sem conteúdo. A identidade que Aristóteles postula entre intelecto e o que ele pensa é a espécie restrita de identidade que ele também postula entre o ato de pensar e o que é pensado.

VIDE: path:/Eneada-5-3-1; path:/Eneada-5-3-5; path:/Eneada-5-6-1

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